São Paulo, sexta-feira, 01 de novembro de 2002

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Clubes cogitam ir para Brasília e debater a MP

DA REPORTAGEM LOCAL

Um grupo de sete clubes manifestou ontem apoio à conversão da "MP da Moralização" em lei e cogitou a hipótese de montar uma comissão a fim de ir para Brasília expor seus pontos de vista com relação à medida provisória editada em junho pelo Executivo.
Representantes de São Paulo, Corinthians, Flamengo, Botafogo, Fluminense, Atlético-MG e Guarani se reuniram ontem em São Paulo com o secretário-executivo do Ministério do Esporte e Turismo, José Luiz Portella.
"A reunião serviu para que nós expuséssemos aos clubes como está a situação da medida provisória", afirmou Portella.
Os clubes, entretanto, se mostraram contrários à emenda do relator do projeto de lei, o deputado federal Ronaldo Cezar Coelho (PSDB-RJ), que isenta os dirigentes da CBF e das federações de serem submetidos à lei de responsabilidade do esporte.
"Queremos que seja aprovado o projeto de lei, mas a emenda não atende nem às necessidades dos clubes nem às do governo. É um absurdo excluir a CBF e as federações da MP. Várias conquistas podem não ser aprovadas", afirmou o presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa.
Os principais pontos da MP39, que deve funcionar em sintonia com o Código de Defesa do Torcedor -que será aplicado em caráter experimental no próximo domingo, na partida entre Corinthians e Fluminense, no Pacaembu-, são o estabelecimento de regras para o futebol, como a criação do clube-empresa, a publicação de balanços e a responsabilização dos dirigentes pela situação financeira de seus clubes.
Portella aproveitou o encontro para falar sobre a implantação do Código do Torcedor.
Além da experiência do próximo fim de semana, a intenção é realizar mais um jogo com a aplicação do Código, ainda neste ano.
"Podemos até fazer uma experiência na fase final do Brasileiro, quando os jogos devem atrair mais público. Mas para isso, precisamos que algum clube se ofereça, como o Corinthians se ofereceu agora. O governo não pode impor nada", afirmou Portella.



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