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Valdivia bagunça o Palmeiras
Grupo viu com repúdio expulsão do meia no final da partida contra o Vasco, domingo, no Rio
Jogador, que pediu desculpa por ter levado o vermelho, recebeu 9 dos 90 cartões do clube, que enfrenta hoje o Juventude, no Brasileiro
RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele é o grande nome de um
Palmeiras que busca, na classificação para a Libertadores, um
consolo por um ano sem títulos. Mas é também Valdivia o
jogador que pode colocar tudo a
perder justamente na reta final
do Campeonato Brasileiro.
Hoje, contra o Juventude, às
20h30, no Parque Antarctica, o
Palmeiras entra em campo tentando saltar para os 58 pontos
desfalcado de seu camisa 10,
que revidou uma agressão já
nos acréscimos da partida contra o Vasco e acabou expulso.
E, embora o discurso do elenco para a imprensa tenha sido o
de crucificar o juiz Evandro Rogério Roman na chegada ao aeroporto, internamente o sentimento foi o de repúdio ao ato
do habilidoso meia chileno.
A Folha apurou que a atitude
do camisa 10 pegou mal para
parte do grupo, já que ele corre
o risco de nem mais atuar neste
Brasileiro -o pedido de suspensão preventiva foi feito ontem pelo procurador-geral do
Superior Tribunal de Justiça
Desportiva, Paulo Schmitt.
Uma das lideranças do elenco palmeirense disse, inclusive,
que atitudes como essa -a de
provocar uma expulsão ao fim
do jogo- podem comprometer
o futuro de Valdivia no futebol.
Outro fator que pesou contra
o meia foi o de descumprir uma
ordem básica do treinador Caio
Júnior: não tomar cartões por
faltas bobas ou reclamação.
Neste Brasileiro, Valdivia recebeu 9 dos 90 cartões amarelos da equipe verde (10%).
O mal-estar pela perda de
seu principal atleta foi tão
grande que o próprio Caio Jr.
nem cobrou Valdivia no vestiário de São Januário. Sob o argumento de que precisaria rever
o lance pela TV, o treinador optou por tomar uma decisão no
seu retorno a São Paulo.
Antes de iniciar o treino de
anteontem, Caio Jr. teve uma
conversa com o elenco no centro de um dos campos do CT.
Falou sobre a expulsão do chileno. Este, por sua vez, pediu
desculpas ao grupo.
Após o treinamento, a situação incômoda envolvendo Valdivia ficou nítida na disparidade de declarações entre jogadores e dirigentes do clube, que
foram até o CT conversar com
a imprensa sobre o caso.
Na versão da cúpula do clube, o episódio não ficou caracterizado como agressão. "Ato
ríspido" foi como o vice-presidente Gilberto Cipullo classificou o gesto de Valdivia.
Caio Jr. disse que conversou
com Valdivia. "Passei para ele
que é mais ou menos o que
acontece com o pai quando o filho fez alguma coisa que não é
o ideal. É esse o sentimento
que tenho pelo Valdivia e por
todo o grupo", falou o técnico.
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