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Interatividade é meta do COI para 2016
Com avanços tecnológicos, comitê e especialistas projetam uma Olimpíada em que o espectador interaja com o evento
Assistir ao vivo aos Jogos pelo celular e competir com atletas em tempo real no videogame são algumas das possibilidades aventadas
DA REPORTAGEM LOCAL
A milhares de quilômetros
do palco dos Jogos Olímpicos e
ao lado de outros fanáticos, ter
a experiência de fazer parte da
ação. Interatividade que permita testar as suas habilidades
atléticas contra ases do esporte.
Ter um menu com dezenas de
eventos para personalizar a
programação -no celular.
Esse é o croqui imaginado
por Comitê Olímpico Internacional, executivos de TV e especialistas em marketing esportivo, para, talvez, Londres-2012
e, muito provavelmente, para
os Jogos do Rio, em 2016.
Em Pequim, o portal de internet Terra contou com 15 canais ""olímpicos", algo que à
época era sem precedente.
""O COI colocará, já nos Jogos
de Londres, um mínimo de 60
sinais à disposição dos clientes.
Alguns eventos, como o atletismo, por exemplo, terão mais de
um sinal", diz Félix Alvarez, vice de operações da IMG, empresa de marketing do COI.
""Cada um dos licenciados
poderá criar sua própria grade
com o conteúdo que desejarem.
Tudo [os canais de transmissão] ficará à disposição do detentor dos direitos. Se vai passar ou não, dependerá dele."
Entre os 60 canais, o COI,
que só tem a ganhar com uma
maior exposição dos Jogos, disponibilizará cinco genéricos,
com conteúdo já editado, para
diferentes interesses. Um deles
será o ""Olympic News", um
programa de "update" com os
acontecimentos mais relevantes dos últimos 30 minutos.
""Em Londres, os celulares
devem receber somente clipes
e notícias. Já no Rio, acho que
será possível assistir a competições ao vivo pela telefonia móvel [banda larga]", diz Alvarez.
Executivos de marketing e de
TV desfilam um rosário de inovações tecnológicas que podem
muito bem estar presentes na
época da Olimpíada do Rio.
""Imagine, em 2016, áudio
com 16 canais e 3D, que, se antes "saltava" da tela, hoje é trabalhado "para dentro", com a
profundidade. Se tiver isso, o
equipamento puxa você para o
evento", diz Pedro Garcia, diretor de negócios da Globosat.
""A grande novidade será a interatividade. Poder fazer seu
próprio replay e trabalhar a
imagem. Em Pequim, foi a primeira vez que, durante as
transmissões, os atletas competiam contra uma "linha do recorde". Esses pequenos detalhes vão formando um quadro
futurista", segue ele.
Nos locais de competição, Alvarez acredita que será possível, por meio de minimonitores
portáteis de TV disponibilizados nos estádios, ver eventos
que ocorram simultaneamente
em outras instalações.
"É o conceito de TV pessoal.
Você está no estádio de atletismo e, se quiser, pode assistir algo que ocorre em outro local."
Para 2016, o executivo sonha
em contar com tecnologias já
existentes. Afinal, conforme filosofa, "a única limitação é a
tecnologia, não a imaginação".
Cita tecnologia 3D, já vista no
cinema e na TV, e videogames
interativos, como o Wii.
No último fim de semana,
mexicanos acompanharam,
empolgados, nas telas de cinema, e em 3D, o clássico local entre América e Guadalajara.
""Para 2016, quem sabe não
chegue uma 3D mais sofisticada? E a experiência de correr ao
lado de um recordista a prova
dos 100 m [do atletismo] em
um game?", questiona Alvarez.
"Há filmes que previram a
realidade, e outros que não.
Quem imaginaria que a internet evoluiria tanto em tão pouco tempo? Em 2016 podemos
ver "Minority Report", com o
touch screen, por exemplo", filosofa Garcia, em alusão à tecnologia vista no filme futurista
de Steven Spielberg.
(EDUARDO OHATA E MARIANA BASTOS)
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