São Paulo, terça-feira, 01 de novembro de 2011

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os sem gols

Há sete partidas sem vencer no Brasileiro, Palmeiras vê ataque amargar seu pior desempenho desde 2002, quando o time foi rebaixado para a Série B

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Soltar o grito de gol não tem sido muito habitual para o torcedor do Palmeiras em 2011. Aliás, fazia tempo que o palmeirense não amargava tamanha seca ofensiva.
A equipe de Luiz Felipe Scolari marcou 87 tentos em jogos oficiais nesta temporada. É o pior desempenho desde 2002, quando o time acabou rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro.
Naquele ano, a equipe que começou com Vanderlei Luxemburgo e terminou com Levir Culpi anotou os mesmos 87 gols. Desde então, ano após ano, o ataque sempre foi melhor do que isso, quase sempre ultrapassando a marca de cem tentos.
Ainda faltam seis jogos para o time terminar 2011. Maikon Leite, Fernandão e companhia podem melhorar a média e superar 2002.
Até aqui, o time marcou, em média, 1,4 tento por partida, contra 1,7 daquele fatídico ano. Ainda é melhor do que o ano passado, quando a média foi de 1,3 -em números absolutos, foram 96 gols feitos em 2010.
Mas, a julgar pelo que têm mostrado, os atacantes palmeirenses não deixam muito otimistas seus torcedores.
Artilheiro do ano com 17 gols, Kleber já deixou o Palmeiras. O vice goleador é o questionado Luan, com 12 tentos em 56 jogos; em seguida vem o reserva Patrik, com oito gols em 46 partidas. O celebrado Maikon Leite, que a torcida adora, fez somente três gols em 15 jogos.
Fernandão, que estreou dando a vitória ao time contra o Corinthians, marcou duas vezes em 13 partidas; Ricardo Bueno, em nove jogos, ainda não balançou as redes.
Resultado: neste Nacional, o Palmeiras anotou apenas 37 gols e tem o terceiro pior ataque da competição. Por essas e outras, o Palmeiras não vence há sete partidas.
Não é por falta de tentativas. Segundo o Datafolha, o Palmeiras é o time que mais chuta a gol neste Brasileiro. São, em média, 15,5 finalizações certas por confronto.
Ocorre que a pontaria dos palmeirenses ajuda a explicar a estiagem ofensiva. Se o time é o que mais chuta, também é o que mais erra o alvo. A equipe de Scolari tem a pior pontaria do Nacional: apenas 32,3% dos chutes acabam acertando o gol adversário.
Tanto que a principal arma ofensiva do time não é atacante nem meia. O veterano Marcos Assunção, 35, volante, fez oito gols e deu 15 assistências nesta temporada.
Machucado, esteve fora dos últimos jogos e pode voltar domingo, no duelo contra o Coritiba, em Barueri.


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