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Futebol brasileiro tomba de novo
Associated Press
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Alex, do Palmeiras, lamenta chance de gol perdida na decisão do Mundial, contra o Manchester |
Palmeiras perde por 1 a 0 para Manchester no Japão
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É o 4º revés seguido do país no Mundial interclubes
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FÁBIO VICTOR
MARCILIO KIMURA
enviados especiais a Tóquio
A vitória por 1 a 0 do Manchester United, ontem, em Tóquio (Japão), na decisão do Mundial interclubes, criou vários fracassos.
Para a torcida palmeirense, determinou a derrota no jogo mais
importante nos 85 anos de existência do clube.
Para a patrocinadora e co-gestora do time, a Parmalat, significou a frustração no projeto internacional que começou em 1992.
Já para o Brasil, foi a quarta queda consecutiva de equipes nacionais diante de clubes europeus.
Anteriormente, Grêmio, Cruzeiro e Vasco foram derrotados
em Tóquio nos anos de 1995, 1997
e 1998, contra Ajax (Holanda),
Borussia Dortmund (Alemanha)
e Real Madrid (Espanha), respectivamente.
Por outro lado, o tropeço palmeirense em busca do título inédito acabou derrubando o tabu de
que times britânicos nunca venciam o Mundial.
A conquista do quarto título no
ano, porém, foi recebida com frieza pelos atletas do Manchester.
A equipe, que já havia ganho o
Campeonato Inglês, a Copa da Inglaterra e a Copa dos Campeões
da Europa, poderá ser campeã
mundial novamente dentro de
poucas semanas. Em janeiro, disputará, no Brasil, o primeiro
Mundial de Clubes da Fifa.
Com quatros derrotas brasileiras em Tóquio, o último time do
país a conquistar o troféu continuando sendo o São Paulo, campeão em 1992 e 1993, batendo Barcelona (Espanha) e Milan (Itália).
Agora, as equipes européias têm
18 títulos, contra 20 dos representantes da América do Sul.
O meia-atacante Giggs foi eleito
o melhor jogador em campo e recebeu como prêmio um carro da
Toyota, que patrocina o evento.
A comemoração dos jogadores
do Manchester foi proporcional à
importância que eles conferiram
à preparação para a decisão.
Na hora em que terminou a partida ontem, os ingleses pouco vibraram em campo. Trocaram
apenas alguns abraços, enquanto
jogadores do Palmeiras se atiravam no chão chorando.
Durante a volta olímpica, ao
som da música "We Are the
Champions", do grupo britânico
Queen, os ingleses caminhavam
vagarosamente, como se estivessem somente cumprindo uma
formalidade da cerimônia.
"Estou feliz pela vitória, mas ela
não tem o gosto de um título. É
uma partida apenas, e não um
campeonato", disse após o jogo o
meia inglês Beckham, resumindo
o sentimento de sua equipe.
A postura fria observada na preparação e na comemoração foi
fundamental para o Manchester
dentro de campo.
Apesar da derrota, o Palmeiras
esteve melhor durante a maior
parte do jogo. Em um dos poucos
lances de perigo que criou, o
Manchester marcou, com o volante irlandês Keane.
O goleiro Marcos, um dos destaques do Palmeiras na campanha vitoriosa na Libertadores,
acabou falhando na jogada.
O australiano Bosnich, goleiro
do Manchester, ao contrário, teve
uma ótima atuação.
"O Palmeiras jogou melhor,
mas hoje (ontem) era o dia do
Bosnich, e não dos nossos atacantes", afirmou o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari.
"Me sinto derrotado, abatido,
cansado, triste. Não sei qual palavra exprime meu sentimento. É
uma coisa horrível", disse Scolari,
que já havia perdido o Mundial
em 1995, quando, treinando o
Grêmio, foi derrotado pelo Ajax.
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