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Passado e futuro se enfrentam hoje
ENVIADO A LISBOA
A rodada de hoje do Masters
pode provocar uma "passagem de
trono" no tênis masculino.
Já garantido nas semifinais, o
russo Marat Safin irá garantir o título da Corrida dos Campeões em
caso de uma vitória contra Pete
Sampras, que faz sua pior temporada na década.
O norte-americano precisa vencer para continuar no torneio.
Perdendo, Lleyton Hewitt será o
outro classificado no grupo.
Mais do que uma vaga nas semifinais do torneio português, a partida de hoje vale para comparar o
melhor tenista dos anos 90 com o
que promete dominar a modalidade na primeira década do próximo século.
Nos números, pelo menos, Safin promete superar Sampras, o
tenista com mais títulos de Grand
Slams e o que mais ganhou dinheiro na história.
Quando se compara os três anos
iniciais da carreira de cada um na
elite do tênis, o tempo que Safin
está nesse grupo, a vantagem do
russo acontece em praticamente
todos os quesitos.
No final da sua terceira temporada disputando a maior parte do
circuito principal da ATP, Safin,
20, está muito perto de terminar o
ano como o primeiro do mundo.
No mesmo estágio da carreira,
Sampras finalizou o ano na quinta
posição da lista dos melhores do
tênis masculino.
Em três temporadas na elite, Safin já acumula oito títulos, sete deles apenas em 2000. Com o mesmo tempo no circuito, Sampras
ostentava quatro conquistas.
O número de vitórias também
apresenta uma diferença gritante.
De 1988 a 1990, Sampras venceu
79 partidas. Já Safin, de 1998 até
agora, conseguiu bater um adversário 129 vezes.
Mas é no bolso que a diferença
entre o fenômeno do passado e o
do futuro fica mais perceptível.
Nos três anos iniciais de sua carreira na elite, Sampras faturou
US$ 2,321 milhões. Safin, com as
duas vitórias que obteve em Lisboa, tem US$ 4,105 milhões.
Antes do jogo, os dois trocam
elogios. "Ele é o futuro do tênis",
disse o norte-americano. "Sampras é o melhor, é o favorito sempre", retrucou o russo.
(PC)
NA TV - Safin x Sampras, na
Sportv, ao vivo, às 14h
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