São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2008

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JUCA KFOURI

Abaixo, os pontos corridos


Não, você não lerá aqui um editorial contra a fórmula do Brasileirão. Porque uma vírgula faz diferença

E TUDO ficou para a última rodada, como em 2004 e 2005.
A jovem, no país, fórmula do Brasileirão dá cada vez mais certo, seja para decidir o título, seja para definir vagas na Libertadores, seja para definir quem cai.
Dois times lutam pelo título, três por duas vagas na Libertadores e quatro para não ocupar os dois buracos que sobram na Série B.
Porque alguma coisa já dizia na sexta-feira que o São Paulo não venceria o bom Fluminense.
E quando veio a triste notícia da morte de Marcelo Portugal Gouvêa, no sábado à noite, ficou ainda mais claro que o domingo não poderia ser de festa.
Nem seria justo com um dos mais lúcidos presidentes da história do São Paulo, o único que não reelegeu o presidente da CBF, embora o tri/ hexacampeonato fosse tudo o que, em vida, ele queria e trabalhou para conseguir.
O jogo não foi tecnicamente brilhante, mas foi irretocável do ponto de vista emocional e disciplinar, dois tricolores que honraram suas tradições, respeitaram o Morumbi lotado e homenagearam a bela tarde de sol.
Nem bem o jogo começou, aliás, e só pela fortuna de Rogério Ceni que Washington não abriu o marcador.
Depois foi a vez de Borges, duas vezes, e de Hugo, outra, quase fazerem, embora Rodrigo tenha tirado o pão da boca de Washington em outro lance capital e Luís Alberto ainda tenha cabeceado uma bola na trave do São Paulo no primeiro tempo, a exemplo do que André Dias viria a fazer no segundo.
E que segundo tempo!
O gol de Tartá, que acabara de entrar, logo aos 4min, soou como um alerta, porque uma derrota seria catastrófica, coisa que Borges evitou ao pegar mascado numa bola que fez justiça à atuação dos dois times e igualou o placar.
Enquanto isso, o Grêmio virava para cima do Ipatinga, fazia 4 a 1 e agora espera fazer sua parte diante do Galo, no Olímpico, enquanto incentivará o bravo Goiás a fazer ainda mais do que fez no Maracanã e, quem sabe, ganhar do São Paulo no Bezerrão, em Gama, DF.
Incrível, aliás, a força que Flamengo e Cruzeiro têm feito para não disputar a Libertadores.
Os cariocas conseguiram a façanha de deixar o Goiás empatar um jogo que venciam por 3 a 0 e os mineiros foram perder pênalti e o jogo diante dos reservas do Inter e com gol, ainda por cima, de Gustavo Nery. É dose.
Sorte do Palmeiras, que por pouco não ganhou e não perdeu do Vitória, em tarde fraca e confusa de Marquinhos, que o defenderá no ano que vem, contratado pela Traffic que, a exemplo do Grupo Sonda, vive óbvios conflitos de interesse, principalmente em relação ao que deva ser o espírito esportivo e a mulher de César, aquela que não basta ser honesta, precisa parecer.
Mas, enfim, viva o ponto corrido!

Pobre MAC
Se até hoje tem corintiano que xinga o Inter por suposto amolecimento para fazer o Corinthians cair, não resta dúvida que o torcedor do Marília tem motivos para maldizer o alvinegro, que jogou com os reservas de seus reservas, perdeu para o América e rebaixou o time do interior paulista. Lástima.

blogdojuca@uol.com.br


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