São Paulo, quarta-feira, 01 de dezembro de 2010

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COI pede provas e pretende averiguar dirigente camaronês

DE SÃO PAULO

Diferentemente da Fifa, que não vai investigar as denúncias de corrupção da BBC contra dirigentes de entidades esportivas, o Comitê Olímpico Internacional não deu o caso por encerrado.
Representantes do COI afirmaram ontem que o camaronês Issa Hayatou, 64, será investigado.
Um dos nomes que foram alvo da reportagem do programa "Panorama", Hayatou, além de presidente da Confederação Africana de Futebol e um dos vice-presidentes da Fifa, também é membro do COI desde 2001 -onde integra a Comissão de Mulheres e Esporte.
Antes de abrir as investigações, o comitê olímpico pede à emissora britânica provas da suposta corrupção. Após isso, o assunto será tratado na comissão de ética.
"Se querem fazer uma investigação, quem pode impedi-los? Não há nada a esconder. As portas estão abertas", comentou o dirigente.
De acordo com a reportagem da BBC, Hayatou, assim como Nicolás Leoz e Ricardo Teixeira, recebeu propina da empresa ISL. O camaronês, que vai participar da votação para definir as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 amanhã, na Suíça, teria aceito 100 mil francos suíços, em 1995 -hoje, aproximadamente € 73 mil (R$ 163 mil).
Ontem, no canal France 24, Hayatou reconheceu que recebeu dinheiro da ISL. No entanto, ele justificou a transferência como um gesto de "solidariedade", realizado no 40º aniversário da CAF, e que "o contexto em que a informação foi transmitida não reflete a realidade".
Sobre as suspeitas de corrupção que pairam sobre a votação para a sede da Copa, que ocorrerá em Zurique, o camaronês se mostrou tranquilo. "Só posso falar por mim. Não temo nada no que me diz respeito."
Primeiro-ministro russo, Vladimir Putin anunciou que não comparecerá ao anúncio das sedes -seu país concorre pela Copa-2018. "A decisão sobre o país escolhido já foi tomada", revelou uma fonte próxima ao governo.


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