São Paulo, quarta-feira, 01 de dezembro de 2010

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Brasil acaba com jejum de 31 anos

GOLFE
País volta a ter jogador na última fase da seletiva para a elite


FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

O paulistano Alexandre Rocha encerra hoje um jejum de 31 anos do golfe brasileiro.
Ele inicia hoje, na Flórida, a disputa da terceira e última fase do Q-School, classificatório para o PGA Tour.
O primeiro e único brasileiro a chegar a esta etapa do qualificatório para o principal circuito do golfe mundial foi Jaime Gonzalez, em 1979.
Rocha, que é chamado de Alex pelos americanos, foi aluno de Gonzalez e agora tenta igualar outro feito do mestre: o cartão do PGA.
Gonzalez, que hoje é professor do São Fernando Golf Club, em Cotia (SP), onde Rocha começou a jogar, conquistou o cartão que dá acesso à maioria dos torneios do circuito (alguns necessitam de convite) em 1979 e, pela primeira vez, em 1977.
"Ele tem volume de jogo para disputar o PGA, mas precisa de um pouco mais de consistência", disse Gonzalez, que orientou Rocha dos dez aos 19 anos, quando ele se mudou para os EUA. "É uma questão de confiança."
O golfista concorda com ele, mas se diz tranquilo.
"Normalmente este torneio é um estresse da pesada. Mas eu me preparei muito bem e estou ótimo técnica, física e mentalmente", afirmou ele, cuja família é ligada ao esporte -o avô materno foi um dos fundadores do clube onde ele começou a jogar. "Estou pronto."
Para o Brasil voltar a ter um representante no mais rico circuito do golfe, Rocha precisa terminar no máximo na 25ª colocação entre os 156 golfistas que se enfrentam até segunda-feira na Flórida.
A primeira fase da seletiva foi disputada em 13 sedes e contou com 930 jogadores de 16 países. A segunda teve 448 golfistas em seis locais.
Rocha comemora ter chegado à final das seletivas, pois já garantiu acesso a torneios do Nationwide, espécie de segunda divisão do PGA.
Ele passou os últimos cinco anos fora dos EUA -quatro na Europa e um na Ásia.
Com um filho de quatro meses, Rafael, o objetivo de Rocha era ficar nos EUA.
"Meu objetivo após terminar a faculdade [marketing] era voltar ao Brasil, mas como me casei como uma americana, acabei ficando. Ainda bem que agora com um filho pequeno vou conseguir jogar aqui", afirmou Rocha.
Ele mora perto do local onde será disputado o torneio. "Não é onde treino, mas conheço o campo muito bem, o que já é uma vantagem."


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