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FUTEBOL
Em seu primeiro clássico após quase 1 ano, time sai na frente, abre 2 a 0, perde pênalti, mas cede empate para o Santos
"Ansioso", Palmeiras quase surpreende
Ayrton Vignola/Folha Imagem
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O santista Paulo Almeida tenta pegar a bola de Magrão, volante palmeirense, no clássico de ontem |
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Numa partida emocionante, o
Santos recuperou-se no segundo
tempo e estragou a volta do Palmeiras aos clássicos estaduais,
dos quais ele estava afastado havia
dez meses e 24 dias.
Conseguiu mudar o panorama
do jogo na etapa final e, depois de
estar perdendo por 2 a 0 na etapa
inicial, chegou aos 2 a 2 no final e
por pouco não virou o marcador.
Apesar da inexperiência e da
grande ansiedade de alguns jogadores -seis jamais haviam atuado pelo clube num jogo em que há
enorme rivalidade com o adversário-, o time de Jair Picerni iniciou melhor o jogo, mesmo com
uma má notícia antes da partida.
Marcinho, um dos estreantes
em clássicos e que nunca jogara
no Morumbi, não pôde atuar. O
atleta, que seria o terceiro zagueiro, sofreu crise asmática e tomou
medicamento que poderia ser detectado no exame antidoping.
Corrêa entrou em seu lugar e se
tornou o responsável por fazer a
marcação em Robinho. Deu certo. Na etapa inicial, o atacante
santista fora praticamente anulado pelo volante, que jogou improvisado na zaga. A única boa jogada de Robinho no primeiro tempo deu-se logo no início do jogo,
quando chutou para o gol: Leonardo salvou em cima da linha.
Mas aos 6min o Palmeiras já
abria a contagem. Baiano cobrou
escanteio, e Magrão, aproveitando falha de marcação da defesa
santista, fez de cabeça.
Quatro minutos depois o Santos
por pouco não empatou. Elano,
que mais tarde daria dois bons
chutes a gol, um defendido por
Marcos e outro, salvo em cima da
linha do gol por Corrêa.
Preocupado com os sucessivos
avanços do Palmeiras pelo lado
direito da defesa santista, Emerson Leão pediu para Paulo Almeida recuar para que Alex fizesse a
cobertura de Paulo César.
De nada adiantou e por lá o time
de Picerni continuou a fazer suas
principais jogadas.
Lúcio avançou pela esquerda do
ataque palmeirense, tocou para
Elson, que foi derrubado por Renato na área. Pênalti que Vágner
desperdiçou, chutando mal para
fora, à direita de Júlio Sérgio.
Aos 28min, Vágner se recuperaria da falha. Paulo Almeida errou
na marcação e não conseguiu
acompanhar o rival, que penetrou
livre para fazer 2 a 0.
Com o placar favorável, a torcida do Palmeiras passou a fazer a
festa. Gritou até ""ê, ô, ê, ô, Mustafá é um terror", defendendo o
presidente do clube, tão criticado
no ano passado, quando o time
disputou a Série B do Brasileiro.
No segundo tempo, porém, a
história mudou do jogo. Sem Diego e Paulo Almeida, substituídos,
o Santos melhorou e marcou aos
14min, com Robinho. Ele entrou
na área e aproveitou passe de Elano em cobrança de falta: 2 a 1.
O Santos ainda teve outra grande chance com Elano. Ele chutou
com perigo, e Baiano salvou em
cima da linha.
Mas aos 37min não houve defensor para evitar o gol. Paulo César cruzou para a área rival, e Renato não desperdiçou. De cabeça,
empatou para o Santos.
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