São Paulo, quinta-feira, 02 de fevereiro de 2006

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Batalha jurídica ameaça adiar eleição no clube

DA REPORTAGEM LOCAL
E DO PAINEL FC

A eleição corintiana, marcada para hoje à noite, transformou-se numa batalha jurídica. Ontem, o Fórum do Tatuapé recebeu pelo menos quatro pedidos de medidas cautelares para impedir a votação no Parque São Jorge.
Todas as ações foram elaboradas pelos opositores de Alberto Dualib, que deve concorrer apenas com o ex-presidente Waldemar Pires. O estatuto corintiano permite que as chapas sejam inscritas no dia do pleito.
Até o fechamento desta edição, uma das liminares havia sido indeferida pela Justiça. Ela foi pedida pelo conselheiro Fredy Marcelo Auricchio Espósito.
Ele usou a Lei Pelé para tentar impedir a votação. Citou o artigo que afirma que as contas do clube precisam ser aprovadas pelo Conselho Deliberativo, desde que este tenha conhecimento do relatório elaborado pelo Conselho Fiscal sobre as movimentações financeiras da entidade.
O Conselho Fiscal corintiano reprovou o balanço do ano passado, mas seu parecer não foi mostrado ao Conselho Deliberativo, como revelou a Folha.
O juiz Hamid Charas Bdine Júnior, da 3ª Vara Cível do Fórum Regional do Tatuapé, considerou precários os elementos da ação para impedir a votação.
Cláudio Vélez, presidente do Conselho Fiscal, usou o mesmo argumento e, até o fechamento desta edição, tinha esperanças de que seu pedido fosse aceito.
A juíza auxiliar Caren Cristina Fernandes, da 1ª Vara Cível, pediu que fosse apresentado o estatuto do clube, além da ata da última reunião do Conselho Deliberativo, em que as contas foram aprovadas sem a exibição do relatório dos conselheiros fiscais.
Se o pleito acontecer, corre o risco de ser anulado também por decisão judicial. Além da disputa atual, a oposição quer que os três vices sejam eleitos separadamente do presidente. Se isso não acontecer, os opositores tentarão anular a votação.
Pires enviou carta ao Conselho Deliberativo, pedindo explicações sobre como será a eleição, já que considera o estatuto omisso em relação à indicação dos vices.
Dualib entende que só o presidente é eleito. Assim, se ele ganhar, seus vices, automaticamente, fariam parte da diretoria.
O presidente não confirma sua chapa, que deve ter Nesi Curi e Clodomil Orsi, que já são seus vices. Wilson Bento deve ser o terceiro nome, no lugar de Antônio Roque Citadini, atual vice.
Citadini tem evitado dar entrevistas. Miguel Marques e Silva, autor de outra ação, e Romeu Tuma Júnior são os outros vices anunciados por Pires. O quarteto fez parte da tropa de choque contrária à MSI.
A maioria dos conselheiros aposta na vitória de Dualib. Por isso a estratégia da oposição de lutar pela independência das chapas dos vices. Adiar a votação significa ganhar tempo para fazer nova campanha tentar minar o atual presidente. (EAR E RP)


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