|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Idéia de inchar campeonato perde força, e CBF altera apenas o número de equipes que subirão da Série B para a elite
Clubes racham, e Nacional terá 20 times
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
O Clube dos 13 rachou ontem, e
a CBF conseguiu impor o número
de participantes e o sistema de
descenso do Brasileiro até 2008.
Sem o apoio unânime dos seus
filiados, o presidente do C13, Fábio Koff, recuou e decidiu não entrar em confronto com a CBF, que
manteve o Nacional com 20 clubes e descenso de quatro times.
A novidade nos próximos três
anos será a subida de quatro clubes por temporada, conforme
vontade da CBF. Até então, apenas dois primeiros colocados da
Série B garantiam vaga na elite do
futebol brasileiro no ano seguinte.
Fluminense, Flamengo, Santos
e São Paulo foram algumas das
equipes que mudaram de posição
e não deram apoio ao C13. "Vários clubes foram pressionados
pela CBF a mudar de posição. Estamos surpresos", disse Eurico
Miranda, presidente do Vasco.
Na noite anterior, o C13 havia
definido pressionar a CBF a reduzir o descenso do Nacional-06 e
dar início a ofensiva para inchar o
torneio em 2008. Pela proposta
aprovada pelos times do C13 na
Série A, os dirigentes queriam só
dois rebaixados neste ano, além
de apresentarem proposta para o
Nacional-08 ter 22 equipes.
"A CBF jogou pesado para calar
todos os clubes, que mudaram de
posição tão rápido", acrescentou
Eurico, que abandonou o Conselho Técnico do torneio em protesto contra a postura de Ricardo
Teixeira, presidente da CBF.
O dirigente vascaíno não quis
explicitar de que forma a entidade
pressionou os clubes. Flamengo e
Fluminense receberam empréstimos da confederação em 2005.
Na reunião de ontem, Teixeira
participou por cerca de dez minutos e anunciou às equipes que não
mexeria no número de participantes da competição e no critério de descenso. O dirigente tinha
a seu favor o estatuto da entidade,
que lhe dá o direito de determinar
quantos times jogarão no torneio.
Depois de ouvir o protesto de
Eurico, Teixeira deixou a sala e se
recusou a comentar a decisão. Ele
disse que estava atrasado para seguir para Assunção, onde teria
encontro na Confederação Sul-Americana. Nenhum membro da
CBF comentou o teor da reunião.
Os dirigentes de Flamengo, Fluminense e São Paulo negaram que
houve pressão da CBF para mudar de posição. "Sempre lutamos
pelo Brasileiro com 20 clubes",
disse o presidente do São Paulo,
Marcelo Portugal Gouvêa.
Koff ficou decepcionado com o
racha. "Não me senti confortável,
mas já sei conviver com isso."
Texto Anterior: Natação: Australiana quebra recorde mundial dos 200 m peito Próximo Texto: Ingresso agora irá custar pelo menos R$ 10 Índice
|