Visual alvinegro

A decisão do Corinthians de obrigar em contrato os atletas a darem entrevistas com a camisa do clube faz parte de uma estratégia para evitar que o direito de imagem seja considerado parte do salário. Isso em eventuais processos na Justiça do Trabalho. O clube tem agora uma prova que explora a imagem, e não apenas dribla a legislação para diminuir a carga tributária. Outra medida é evitar o pagamento mensal, o que poderia ser caracterizado como complemento salarial. Os jogadores recebem em intervalos maiores.

Outdoor. Nos novos contratos, o Corinthians deixa claro que pode negociar a imagem dos atletas com empresas. Os jogadores têm direito a uma parte menor, além de dividirem 10% de todas as ações de marketing do clube.

Infiel. A cúpula corintiana aceitou desconfiada as procurações de São Paulo e Flamengo ao vice alvinegro Luís Paulo Rosenberg para representá-los nas negociações do C13 com a TV. Diz que os colegas esperneiam, mas sempre assinam com a Globo.

Raridade. Advogados corintianos penaram para achar imóvel que não estivesse penhorado. Agora vão oferecê-lo à Justiça como garantia para tentarem pegar 2 milhões depositados pelo Werder Bremen em juízo. O dinheiro é da venda de Carlos Alberto.

Abadá. Antes de seguir o Expresso 2222, de Gilberto Gil, na Bahia, Márcio Braga marcou reunião do Conselho de Administração do Fla após o Carnaval. Tema: a Petrobras foi indelicada ao soltar comunicado sobre problemas na renovação de patrocínio?

Miau. Ao comentar a chance de renovação, Braga soltou: "O patrocínio subiu no muro... quero dizer, no telhado".

Disfarce. O protesto santista na FPF contra a atuação de Otávio Corrêa da Silva na derrota para o Barueri foi visto por alguns cartolas do clube como tentativa inútil de encobrir a má atuação do time.

Visionário. Em dezembro, o Barueri queria contratar o santista Rodrigo Tabata, que perdeu um pênalti anteontem. O ex-atacante Jamelli, gerente de futebol do clube da Grande São Paulo, foi contra.

Que fase! José Teixeira da Costa, presidente do Conselho Deliberativo do Santos, foi notificado ontem pela Justiça sobre ação em que opositores pedem sua destituição.

Amarelado. O conselho do Palmeiras recuperou documento de processo contra um conselheiro que havia sido retirado do clube pelo opositor Piraci Oliveira em 2006. Foi após dar 24 horas para Mustafá Contursi, que estava com a papelada, devolvê-la.

Cativa. Responsável por todas as contratações e as vendas no São Paulo, o presidente Juvenal Juvêncio não participou dos ajustes finais da negociação de Souza com o PSG. Deixou os advogados das duas partes numa sala do Morumbi e foi para a tribuna assistir à vitória sobre o Rio Claro.

Dividida

"Enquanto o Palmeiras naufraga em dívidas, seus parceiros nos direitos de jogadores auferem lucros estrondosos"