São Paulo, quarta-feira, 02 de fevereiro de 2011

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TOSTÃO

Saber fazer


A maioria dos técnicos conhece bem os esquemas táticos. A diferença está na execução


POR CAUSA da dependência do avanço dos laterais, os times brasileiros têm grandes dificuldades quando enfrentam adversários que jogam com um armador marcando de cada lado, como fez o Tolima contra o Corinthians. Há pouco espaço para o lateral receber a bola na frente.
Mesmo quando era disparado o melhor lateral esquerdo do mundo, Roberto Carlos não sabia driblar. Não será agora que vai fazer isso. A solução é a troca de passes e as triangulações pelos lados.
O Tolima jogou com quatro defensores, cinco no meio-campo e um atacante (4-5-1). Hoje à noite, deve colocar mais um jogador na frente e avançar mais a marcação.
Todos os esquemas táticos que mantêm a linha de quatro defensores são variações do tradicional 4-4-2, com dois volantes e um meia de cada lado, além de dois atacantes.
Os times brasileiros jogam muito com três no meio e mais um armador, na ligação com dois atacantes (4-3-1-2). Tempos atrás, era comum atuar com dois volantes e dois meias livres, próximos de dois atacantes (4-2-2-2).
Outros times jogam com três no meio-campo e uma linha de três na frente (4-3-3). O Flamengo deve atuar hoje à noite assim, com Ronaldinho, da esquerda para o meio, Thiago Neves, da direita para o centro, e Deivid, de centroavante.
A moda, que já ficou antiga, é a de ter apenas um jogador fixo na frente, sem a tradicional dupla de atacantes. São dois volantes, uma linha de três meias e um centroavante (4-2-3-1). Como os meias pelos lados costumam ter características de atacantes, podem dizer também que é um 4-2-1-3.
No tradicional 4-4-2, como os dois meias pelos lados avançam como pontas e um dos atacantes recua para armar as jogadas, forma-se o 4-4-1-1, quase idêntico ao novo esquema, o 4-2-3-1.
O Palmeiras, com Valdivia (ou Lincoln), atuava desse jeito. Com a entrada do limitado atacante Dinei no lugar de Lincoln, o time passou a jogar no 4-4-2. Kleber melhorou com um parceiro na frente.
Os números não têm importância na definição dos esquemas táticos. Essencial é saber com quantos jogadores um time ataca e defende, onde começa a marcação, se há muitos ou poucos espaços entre a defesa, o meio-campo e o ataque, quais são as características, virtudes e deficiências dos jogadores e outros detalhes.
A maioria dos técnicos conhece bem os esquemas táticos e as estratégias dos adversários. A diferença está no comando, na execução. Não basta saber como fazer. É preciso saber fazer.


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