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Fifa reduz limitações à mídia, mas insinua cobrança por credenciais
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Fifa, Joseph
Blatter, insinuou que pode cobrar
por credenciamento de jornalistas na Copa do Mundo. É o que
está em carta do dirigente, em resposta às críticas da WAN (Associação Mundial de Jornais), que
atacou as restrições impostas à
imprensa para o Mundial-2006.
A disputa tem dois campos. A
Fifa proibiu os sites de internet de
usarem fotos dos jogos enquanto
estiverem sendo realizados. Aos
jornais, impediu a sobreposição
de títulos nas fotografias.
Houve negociação com a WAN,
o que levou a entidade esportiva a
ceder em alguns pontos. Mas as
conversas foram interrompidas
com trocas de acusações e versões
diferentes sobre o rompimento.
Ontem, Blatter afirmou que
"não haverá restrições na edição
de fotografias". E informou que
os títulos poderão ser publicados
sobre as imagens, em uma revisão
de suas regras.
Mas, no seu site, o regulamento
de credenciamento mantém a
proibição de sobrepor títulos. Deve ser modificado, mas seus novos termos não estão claros. A
WAN afirmou que a Fifa ainda
quer impor limitações.
"Não pode ter título sobre os logos dos patrocinadores da Fifa, o
que é um absurdo. É uma interferência à liberdade de informação
de qualquer jeito", afirmou Larry
Kilman, porta-voz da WAN.
Em sua carta, Blatter escreveu
que o credenciamento para a imprensa escrita para o Mundial é
gratuito, ressaltando que investe
para dar infra-estrutura para os
jornalistas. Em seguida, diz que
"nós esperamos que possamos
continuar a usar esta prática no
futuro e não sejamos forçados a
mudar nossa política".
A WAN estranhou essa lembrança, já que o assunto do credenciamento não estava em questão. "Não consigo imaginar a cobrança de credenciais. Eles realmente acham que isso pode acontecer?", disse Kilman.
Para a WAN, a principal questão a ser discutida são as limitações a uso de imagens pelos sites.
A princípio, a Fifa queria proibir a
utilização delas até duas horas depois dos jogos. Recuou, e agora
permitirá que isso aconteça logo
após as partidas. Há uma limitação de dez fotos por jogo.
Ontem, Blatter afirmou que não
abriria mão desse ponto, encerrando negociações com a WAN.
Alegou que defendia contratos
comerciais e acusou as agências
de fotos, aliadas da associação de
jornais, de agirem da mesma forma. A carta de Blatter foi uma resposta a comunicado de Timothy
Balding, presidente da WAN.
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