São Paulo, quinta-feira, 02 de março de 2006

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FUTEBOL

Técnico faz hoje, contra o Nacional de Medellín, pela Taça Libertadores, seu centésimo jogo à frente do Palmeiras

Gripado, Leão alcança marca centenária

KLEBER TOMAZ
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Para o time, o jogo de hoje no Parque Antarctica vale pela Taça Libertadores da América. Para Emerson Leão, a partida vale também para registrar mais uma vez seu nome na história do clube.
Aos 57 anos, ele alcançará, contra o Nacional de Medellín (COL), uma marca importante como treinador. O jogo pela Libertadores no Parque Antarctica será seu centésimo à frente do Palmeiras, considerando sua primeira passagem na direção do time, em 1989.
Em 99 partidas com Leão no cargo, o Palmeiras pouco perdeu. Foram 52 vitórias, 32 empates e 15 derrotas -um aproveitamento de 63,2% dos pontos. Sob a batuta do rígido treinador, a equipe ainda marcou 163 gols e sofreu 92.
Na primeira passagem, em 1989, fez 55 partidas, obteve 26 vitórias, 19 empates e nove derrotas. Na atual, iniciada em 2005, foram 44 jogos, 25 triunfos, 13 empates e seis reveses. A estréia do técnico, que também foi jogador, pelo Palmeiras foi em 13 de fevereiro de 1989, em um amistoso perdido para o Flamengo, no Pacaembu.
Ele é o 14º na lista de técnicos com mais jogos à frente do time alviverde, encabeçada por Oswaldo Brandão, com 557 jogos. Hoje Leão se igualará a Del Debbio, que treinou o time nos anos 40.
No entanto, se ficar até o final deste ano, o treinador poderá figurar entre os dez primeiros.
O último entre os top 10 é, a exemplo de Leão, alguém que já havia conquistado lugar na história do clube em campo. Dudu, que fez famosa parceria no meio-campo com Ademir da Guia, dirigiu o Palmeiras em 143 partidas.
Apesar da marca histórica, Leão não conseguiu levar a equipe à conquista de títulos. O mais perto que chegou de dar a volta olímpica como treinador do Palmeiras foi na sua primeira passagem.
Em 1989, quando o clube já amargava mais de uma década sem taças, Leão montou uma equipe que ficou 23 partidas invicta no Paulista, mas cujo primeiro tropeço -diante do Bragantino (3 a 0)- lhe custou a chance de ser campeão.
Na sua atual passagem pelo clube, porém, Leão não precisou levantar troféus para conquistar espaço. A cúpula do futebol palmeirense tem grande estima pelo técnico, a ponto de sempre ouvir suas opiniões antes de tomar decisões, que vão desde a indicação de jogadores até a aprovação de obras no centro de treinamento.
Os poderes que o técnico adquiriu, no entanto, não agradam a todos no clube. Conselheiros ligados a Mustafá Contursi costumam questionar, a cada derrota, o alto investimento feito para contratar Leão -só de salário, ele ganha cerca de R$ 250 mil mensais.
Entre os jogadores, os elogios também são constantes, apesar da fama que Leão carrega de ser sisudo e, por vezes, rígido demais. "Com ele, hora de trabalho é para trabalhar. Desde que ele chegou, o Palmeiras melhorou", diz o meia Marcinho, sobre o técnico, que ontem não foi ao treino por causa de uma gripe, mas que não deixou de ganhar afagos de seu jogador. "Para mim, ele é o melhor técnico, com todo o respeito aos demais."


NA TV - Sportv 2, ao vivo, a partir das 21h15

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