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FUTEBOL
Técnico faz hoje, contra o Nacional de Medellín, pela Taça Libertadores, seu centésimo jogo à frente do Palmeiras
Gripado, Leão alcança marca centenária
KLEBER TOMAZ
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o time, o jogo de hoje no
Parque Antarctica vale pela Taça
Libertadores da América. Para
Emerson Leão, a partida vale também para registrar mais uma vez
seu nome na história do clube.
Aos 57 anos, ele alcançará, contra o Nacional de Medellín (COL),
uma marca importante como
treinador. O jogo pela Libertadores no Parque Antarctica será seu
centésimo à frente do Palmeiras,
considerando sua primeira passagem na direção do time, em 1989.
Em 99 partidas com Leão no
cargo, o Palmeiras pouco perdeu.
Foram 52 vitórias, 32 empates e 15
derrotas -um aproveitamento
de 63,2% dos pontos. Sob a batuta
do rígido treinador, a equipe ainda marcou 163 gols e sofreu 92.
Na primeira passagem, em 1989,
fez 55 partidas, obteve 26 vitórias,
19 empates e nove derrotas. Na
atual, iniciada em 2005, foram 44
jogos, 25 triunfos, 13 empates e
seis reveses. A estréia do técnico,
que também foi jogador, pelo Palmeiras foi em 13 de fevereiro de
1989, em um amistoso perdido
para o Flamengo, no Pacaembu.
Ele é o 14º na lista de técnicos
com mais jogos à frente do time
alviverde, encabeçada por Oswaldo Brandão, com 557 jogos. Hoje
Leão se igualará a Del Debbio, que
treinou o time nos anos 40.
No entanto, se ficar até o final
deste ano, o treinador poderá figurar entre os dez primeiros.
O último entre os top 10 é, a
exemplo de Leão, alguém que já
havia conquistado lugar na história do clube em campo. Dudu,
que fez famosa parceria no meio-campo com Ademir da Guia, dirigiu o Palmeiras em 143 partidas.
Apesar da marca histórica, Leão
não conseguiu levar a equipe à
conquista de títulos. O mais perto
que chegou de dar a volta olímpica como treinador do Palmeiras
foi na sua primeira passagem.
Em 1989, quando o clube já
amargava mais de uma década
sem taças, Leão montou uma
equipe que ficou 23 partidas invicta no Paulista, mas cujo primeiro tropeço -diante do Bragantino (3 a 0)- lhe custou a
chance de ser campeão.
Na sua atual passagem pelo clube, porém, Leão não precisou levantar troféus para conquistar espaço. A cúpula do futebol palmeirense tem grande estima pelo técnico, a ponto de sempre ouvir
suas opiniões antes de tomar decisões, que vão desde a indicação
de jogadores até a aprovação de
obras no centro de treinamento.
Os poderes que o técnico adquiriu, no entanto, não agradam a todos no clube. Conselheiros ligados a Mustafá Contursi costumam questionar, a cada derrota, o
alto investimento feito para contratar Leão -só de salário, ele ganha cerca de R$ 250 mil mensais.
Entre os jogadores, os elogios
também são constantes, apesar da
fama que Leão carrega de ser sisudo e, por vezes, rígido demais.
"Com ele, hora de trabalho é para
trabalhar. Desde que ele chegou, o
Palmeiras melhorou", diz o meia
Marcinho, sobre o técnico, que
ontem não foi ao treino por causa
de uma gripe, mas que não deixou
de ganhar afagos de seu jogador.
"Para mim, ele é o melhor técnico,
com todo o respeito aos demais."
NA TV - Sportv 2, ao vivo, a partir das 21h15
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