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MARKETING
Folha constata que placas de propaganda usadas em ginásios e estádios desrespeitam normas de segurança
Publicidade ameaça a saúde dos atletas
JOSÉ ALAN DIAS
da Reportagem Local
As placas de propaganda usadas
em ginásio e estádios no Brasil
cumprem dupla função: divulgam
o nome do anunciante e representam um perigo para os atletas.
Presentes em diferentes torneios, nem sempre estão de acordo
com as exigências (material, tamanho e posicionamento) estabelecidas pelos próprios organizadores.
No regulamento de marketing da
Confederação Brasileira de Vôlei,
por exemplo, estão fixados em detalhes as distâncias e o material
que deve ser empregado.
A Folha visitou ginásios em São
Paulo, onde são disputadas partidas da Superliga. Nenhum deles
cumpre o regulamento.
No do Report/Suzano as placas
ficam a três metros da lateral da
quadra, quando o regulamento
prevê de cinco a seis metros.
Já as placas do fundo ficam a menos de sete metros. O correto seria
de oito a nove metros.
A quadra curta também atinge o
Banespa: 6,90 metros de um lado e
7,10 metros do outro. Desta vez,
também as placas estão fora das
normas. São feitas em chapa única
de madeira compensada e foram
confeccionadas a mando do próprio clube. O manual prevê placas
mais leves, fornecidas pela CBV.
No Palmeiras, que também abriga jogos de basquete, as distâncias
mínimas não são respeitadas.
A CBV (leia texto abaixo) reconhece que os ginásios estão fora
das especificações.
No futebol, não há regras claras.
Fica no campo do presumido.
Segundo a Federação Paulista de
Futebol, por meio de seu departamento técnico, o padrão é mais ou
menos 1,5 metro. O departamento
jurídico da Confederação Brasileira de Futebol não soube informar.
O campo da Lusa, no Canindé, é
reprovado pelos padrões da FPF.
A linha de fundo próxima à marca do escanteio está a 1,25 metro
das placas. E as placas são fixas (a
resistência é maior no choque).
O estádio do Palmeiras foi aprovado no que se refere à distância.
Mas também tem placas fixas.
O Morumbi, por sua vez, tem a
distância lateral de apenas 1,30
metro. Nesse caso, o jogadores não
colidiriam com a placa (que fica a
5,25 metros), mas a pista que está
em um nível abaixo do campo.
Já a Confederação Brasileira de
Basquete fornece as placas utilizadas nos jogos e define as regras.
O ginásio do Palmeiras, no entanto, não atende às exigências mínimas. A margem de segurança,
que deveria ser de 1 metro, é de
1,25 metro nas laterais -mas, como os suportes da placa têm 30 cm
de cada lado, no final fica com um
déficit de cinco centímetros.
Pior: o jogador que tombar na
placa corre o risco de cair fora da
quadra porque elas ficam encostadas à grade lateral.
O do Guaru, porém, fica dentro
dos parâmetros da entidade.
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