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Prefeito veta lei que limita jogos noturnos
Kassab repete justificativa de 2007; vereadores reagem
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao repetir o raciocínio que
adotara em 2007 para não sancionar projeto de lei semelhante, o prefeito Gilberto Kassab
(DEM) vetou texto que estipula
23h15 como horário limite para
o fim de jogos de futebol no município. A decisão será publicada no ""Diário Oficial" de hoje.
São contrários ao projeto a
Globo, que determina os horários das partidas, e a FPF (Federação Paulista de Futebol).
Entre as razões para o veto de
Kassab está "o fato de a matéria
relativa ao desporto ser de
competência legislativa da
União, Estados e Distrito Federal". O argumento já havia sido
usado por ele para justificar a
não sanção de projeto do então
vereador Tião Farias (PSDB),
conforme a Folha apontou.
Farias propunha que as partidas disputadas nos estádios
dentro do município não poderiam começar depois das 21h.
O veto de Kassab irritou o vereador Agnaldo Timóteo (PR),
coautor do novo projeto de lei,
com Antonio Goulart (PSDB).
"Essa é uma medida não
muito boa para ele [aprovar às
vésperas do feriado]. O Kassab
vai passar à sociedade de São
Paulo a imagem de um comandante que tem receio, medo, o
que não é muito bom para ele."
Goulart e Timóteo agora
analisarão a justificativa para o
veto de Kassab e pedirão orientação à presidência da Câmara
dos Vereadores para tentar
derrubar o veto do prefeito.
""Vamos ver a justificativa. Se
é política, jurídica ou de pavor.
A gente não sabe", analisou.
A justificativa da prefeitura
vai além, ao afirmar que os inconvenientes originados pelo
horário do término dos jogos
são os mesmos causados por
outros tipos de eventos, e que
por isso não se justificaria a
restrição de horário aos jogos.
A prefeitura citou ainda possibilidade cogitada pela FPF,
que seria levar os jogos a outros
municípios, "o que produziria
efeitos indesejáveis, inclusive
sob o aspecto econômico".
Marcelo Campos Pinto, da
Globo Esportes, em audiência
pública na Câmara Municipal,
afirmou que uma minoria das
partidas são marcadas para as
21h45 ou mais tarde. "[Se o
projeto for aprovado] vamos
nos adaptar. Quem sairá perdendo são os clubes da capital."
Os autores do projeto, entretanto, afirmam que de nada
adiantará o veto, já que ações
semelhantes já foram iniciadas
na Assembleia Legislativa e
também no Congresso.
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