São Paulo, sexta, 2 de abril de 1999

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Nos pênaltis, Corinthians vence Treze

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
da Reportagem Local

O Corinthians, cuja folha de pagamento é de R$ 1,8 milhão por mês, teve muitas dificuldades para vencer ontem o Treze (PB), que gasta pouco mais de R$ 30 mil mensais com o departamento de futebol profissional, na disputa por pênaltis, por 4 a 2, após empate em 2 a 2 no tempo regulamentar, pela Copa do Brasil.
O jogo de ida, na Paraíba, terminou empatado com o mesmo placar. Com o resultado, obtido no Pacaembu, os paulistas classificaram-se para as oitavas-de-final, quando terão pela frente Fluminense ou Juventude.
Na etapa inicial, a equipe de Campina Grande atuou melhor e chegou a ter vantagem de 2 a 0, gols de Ânderson.
O primeiro, aos 22min, foi feito em chute de fora da área. A bola ainda desviou em Gamarra antes de entrar. No segundo, aos 26min, o atleta mostrou oportunismo, adiantando-se ao zagueiro Cris e aproveitando passe de Augusto, para ampliar o placar.
Em desvantagem, o Corinthians, que começara melhor a partida, descontrolou-se e deu espaço para novos contra-ataques do Treze. Os paraibanos perderam duas grandes oportunidades, uma com Valério, livre diante de Nei, e a outra com Ânderson, após ter passado a bola entre as pernas de Gamarra.
No segundo tempo, o técnico corintiano, Evaristo de Macedo, colocou Dinei no lugar de Ricardinho e Amaral, no de Rodrigo.
A equipe, então, lançou-se ao ataque e, mesmo atabalhoadamente, começou a confundir a defesa adversária. Aos 24min, aproveitando-se de descuido da zaga paraibana, o volante Vampeta diminuiu o placar. Aturdido, o Treze partiu para a frente e deu espaço para contra-ataque fulminante do Corinthians, que empatou o jogo com Marcelinho, aos 26min.
Nos pênaltis, os corintianos aproveitaram quatro de cinco cobranças -Dinei, Rincón, Marcelinho e Silvinho marcaram, enquanto Vampeta chutou para fora. Já o Treze acertou apenas duas de quatro cobranças.
Na saída de campo, os atletas do time de Campina Grande, que ganham em média R$ 900 por mês, lamentaram ter perdido a chance de ganhar prêmio de R$ 2 mil, prometido em caso de classificação.
Já o Corinthians, além da suada vitória, comemorava notícia dada por Eduardo José Farah, presidente da Federação Paulista de Futebol, que decidiu perdoá-lo por ter utilizado time misto contra a Inter de Limeira, na terça.
Pelo regulamento do Paulista-99, a entidade poderia reduzir a cota do clube em sua próxima partida como mandante, de R$ 600 mil para R$ 150 mil. Segundo o dirigente, a crise política paraguaia abalou o time durante jogos no país pela Libertadores, na semana passada.



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