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FUTEBOL
Equipes nacionais são maioria nas oitavas, que começam hoje
Libertadores vê recorde
brasileiro no mata-mata
RODRIGO BUENO
da Reportagem Local
Os times brasileiros bateram recorde de participação no mata-mata da Libertadores da América,
fase que será aberta hoje com um
duelo entre Atlético-PR e Atlético-MG, mas estão impedidos de
fazer a decisão do principal torneio interclubes do continente.
O Brasil é o primeiro país na história da competição, que teve início em 1960, a ter quatro representantes em sua fase decisiva.
Atlético-MG, Atlético-PR, Corinthians e Palmeiras disputam as
oitavas-de-final do torneio, mas,
pelos cruzamentos do mata-mata, se encontram antes da final.
A chave da Libertadores, porém, possibilita uma decisão entre argentinos, colombianos, mexicanos ou uruguaios, que têm só
dois ou três times na disputa.
Os clubes brasileiros vêm construindo uma hegemonia no torneio na década. Dos nove títulos
disputados, sete foram conquistados por times do país (São Paulo,
em 1992 e 1993, Grêmio, em 1995,
Cruzeiro, em 1997, Vasco, em
1998, e Palmeiras, em 1999).
Pela primeira vez na história, os
times brasileiros conseguiram
mais títulos que os argentinos em
uma década na competição. E, pela primeira vez também, um país
conseguiu mais que seis títulos do
torneio em uma década.
Neste ano, o Brasil poderia ter
até cinco times nas oitavas-de-final, mas o Juventude foi eliminado na primeira fase -a Libertadores passou a ter 32 clubes.
A Argentina poderia ter quatro
representantes no mata-mata este
ano, como o Brasil, mas o San Lorenzo não obteve a classificação.
Pela chave do mata-mata da Libertadores, pelo menos um brasileiro será eliminado nas oitavas.
Atlético-MG e Atlético-PR se
enfrentam nessa fase. Quem passar, pega o vencedor do confronto
entre Corinthians e Rosario Central, da Argentina. Se o Palmeiras
for à semifinal, enfrenta quem
passar por esses confrontos.
Assim, um time estrangeiro já
está garantido na decisão, prevista para os dias 14 e 21 de junho
-o último jogo será no Brasil.
""Não concordo com isso. Os times brasileiros deveriam se enfrentar apenas na semifinal e na
final. Nas oitavas, há jogos entre
equipes de pouca expressão. E times brasileiros, que são os mais
fortes, já se enfrentarão nessa fase", disse Eduardo Maluf, diretor
de futebol do Atlético-MG.
A Confederação Sul-Americana
de Futebol não permitia até o ano
passado que clubes do mesmo
país fossem adversários nas semifinais ou finais da Libertadores
-as duas edições da Copa Mercosul tiveram finais brasileiras, fato que também já ocorreu em
uma Supercopa, em 1993.
Neste ano, a chance de uma inédita semifinal brasileira depende
especialmente do Palmeiras.
Se a equipe do Parque Antarctica, atual campeã sul-americana,
passar pelo Peñarol nas oitavas-de-final e pelo vencedor de Atlas e
Junior Barranquilla nas quartas-de-final, tem 75% de chances de
pegar um brasileiro na semifinal.
Hoje, além de Atlético-MG e
Atlético-PR, em Belo Horizonte,
jogam, pelas oitavas-de-final da
Libertadores, América, do México, e América de Cali (Colômbia).
Amanhã, acontecem mais quatro jogos pelo torneio -o Corinthians irá enfrentar o Rosario, na
Argentina. Na quinta-feira, duas
partidas fecham os jogos de ida
das oitavas -o Palmeiras vai pegar o Peñarol, em Montevidéu.
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