São Paulo, terça-feira, 02 de maio de 2000


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FUTEBOL
Equipes nacionais são maioria nas oitavas, que começam hoje
Libertadores vê recorde brasileiro no mata-mata

RODRIGO BUENO
da Reportagem Local

Os times brasileiros bateram recorde de participação no mata-mata da Libertadores da América, fase que será aberta hoje com um duelo entre Atlético-PR e Atlético-MG, mas estão impedidos de fazer a decisão do principal torneio interclubes do continente.
O Brasil é o primeiro país na história da competição, que teve início em 1960, a ter quatro representantes em sua fase decisiva.
Atlético-MG, Atlético-PR, Corinthians e Palmeiras disputam as oitavas-de-final do torneio, mas, pelos cruzamentos do mata-mata, se encontram antes da final.
A chave da Libertadores, porém, possibilita uma decisão entre argentinos, colombianos, mexicanos ou uruguaios, que têm só dois ou três times na disputa.
Os clubes brasileiros vêm construindo uma hegemonia no torneio na década. Dos nove títulos disputados, sete foram conquistados por times do país (São Paulo, em 1992 e 1993, Grêmio, em 1995, Cruzeiro, em 1997, Vasco, em 1998, e Palmeiras, em 1999).
Pela primeira vez na história, os times brasileiros conseguiram mais títulos que os argentinos em uma década na competição. E, pela primeira vez também, um país conseguiu mais que seis títulos do torneio em uma década.
Neste ano, o Brasil poderia ter até cinco times nas oitavas-de-final, mas o Juventude foi eliminado na primeira fase -a Libertadores passou a ter 32 clubes.
A Argentina poderia ter quatro representantes no mata-mata este ano, como o Brasil, mas o San Lorenzo não obteve a classificação.
Pela chave do mata-mata da Libertadores, pelo menos um brasileiro será eliminado nas oitavas.
Atlético-MG e Atlético-PR se enfrentam nessa fase. Quem passar, pega o vencedor do confronto entre Corinthians e Rosario Central, da Argentina. Se o Palmeiras for à semifinal, enfrenta quem passar por esses confrontos.
Assim, um time estrangeiro já está garantido na decisão, prevista para os dias 14 e 21 de junho -o último jogo será no Brasil.
""Não concordo com isso. Os times brasileiros deveriam se enfrentar apenas na semifinal e na final. Nas oitavas, há jogos entre equipes de pouca expressão. E times brasileiros, que são os mais fortes, já se enfrentarão nessa fase", disse Eduardo Maluf, diretor de futebol do Atlético-MG.
A Confederação Sul-Americana de Futebol não permitia até o ano passado que clubes do mesmo país fossem adversários nas semifinais ou finais da Libertadores -as duas edições da Copa Mercosul tiveram finais brasileiras, fato que também já ocorreu em uma Supercopa, em 1993.
Neste ano, a chance de uma inédita semifinal brasileira depende especialmente do Palmeiras.
Se a equipe do Parque Antarctica, atual campeã sul-americana, passar pelo Peñarol nas oitavas-de-final e pelo vencedor de Atlas e Junior Barranquilla nas quartas-de-final, tem 75% de chances de pegar um brasileiro na semifinal.
Hoje, além de Atlético-MG e Atlético-PR, em Belo Horizonte, jogam, pelas oitavas-de-final da Libertadores, América, do México, e América de Cali (Colômbia).
Amanhã, acontecem mais quatro jogos pelo torneio -o Corinthians irá enfrentar o Rosario, na Argentina. Na quinta-feira, duas partidas fecham os jogos de ida das oitavas -o Palmeiras vai pegar o Peñarol, em Montevidéu.


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