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dia D
São Paulo joga por tradição pós-Telê
Ao pegar o Grêmio na Libertadores, hoje, time tem que passar para evitar pior campanha após o primeiro título em 92
Atuações recentes fracas, falta de apoio da torcida e vantagem do adversário mostram as dificuldades são-paulinas na competição
RODRIGO MATTOS
REPORTAGEM LOCAL
O histórico na Libertadores
serve como pressão extra sobre
os são-paulinos para o confronto com o Grêmio nas oitavas-de-final do torneio. Desde o início da era Telê Santana, com a
conquista do primeiro título
continental em 1992, a equipe
fica pelo menos entre os quatro
primeiros da competição -isso
em seis participações.
Só que, desta vez, o São Paulo
enfrenta vários obstáculos para
manter sua tradição. Não vence
há pelo menos dois jogos, a torcida mostra-se pouco empolgada e o rival gaúcho tem vantagem de decidir em casa.
É neste clima que o time paulista entra em campo hoje no
Morumbi. Como tem ocorrido
no torneio deste ano, a presença de público não deve ser grande -foram vendidos só 22.267
ingressos até a tarde de ontem.
Não é à toa. Até o momento, o
time faz sua pior campanha em
aproveitamento na Libertadores, desde 1992. Só obteve
55,5% dos pontos, apenas na fase classificatória.
Nas seis últimas participações, o time obteve pelo menos
58,3%, incluindo os mata-matas e considerados três pontos
por vitória. Chegou ao topo de
sua performance com 73,8%
dos pontos no título de 2005.
A pior campanha desde o primeiro título foi em 2004, quando o time chegou apenas às semifinais. Nas outras cinco edições, o São Paulo foi à final
-ganhou três delas.
O problema é que nem os torcedores parecem acreditar no
São Paulo. Neste ano, a média
de público foi de só 23.887 pagantes. Historicamente, o time
atrai 40 mil pessoas em média.
"A gente deu motivo para isso [ausência dos torcedores]
porque não jogamos bem nos
últimos dois jogos. Tem que
voltar a resgatar o torcedor. Esse número [de ingressos vendidos para hoje] já é maior do que
no jogo passado. O time tem
que dar uma resposta", explica
o técnico Muricy Ramalho.
Mesma opinião tem o goleiro
Rogério, que aponta as transmissões ao vivo da TV Globo
como responsáveis pela redução do público. O jogador reconhece a obrigação são-paulina
de avançar na competição.
"Nunca podemos parar por
aqui. O objetivo é sempre passar de fase", conta. Para Muricy, a Libertadores está engasgada na garganta dos atletas devido à perda do título em 2006
para o Inter. "Estamos em time
grande e precisamos ganhar.
Existe um costume de ganhar
[na Libertadores]."
A diretoria são-paulina está
de olho no desempenho do time e no trabalho de Muricy.
Ontem, três dirigentes estiveram no treino: o superintendente Marco Aurélio Cunha, o
vice-presidente de planejamento Marcelo Portugal Gouvêa e o consultor da presidência João Paulo de Jesus Lopes.
Afinal, o time tomou seis gols
nos últimos dois jogos, não venceu e foi eliminado do Paulista-07. Por isso, Muricy mudou sua
postura nos últimos dias, realizando treinos coletivos e incentivando que o time se torne
mais duro para pegar o Grêmio.
NA TV - São Paulo x Grêmio Globo (para SP), Band e Sportv 2, ao vivo, às 21h45
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