São Paulo, quarta-feira, 02 de maio de 2007

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Em Caracas, Santos tenta se erguer em mata-mata

Após revés no Paulista, time joga pela Libertadores e em sistema que não é seu forte

Clube luta para seguir 100% no torneio, levantar astral para a final em SP e melhorar retrospecto de Luxemburgo em partidas eliminatórias


Alex Sabino/Lancepress
Jogadores do Santos montam campo para treino no Estádio Olímpico, palco do jogo de hoje


JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Esquecer a derrota sofrida diante do São Caetano na primeira final no Campeonato Paulista é tudo o que os santistas querem. E a tranqüilidade para a decisão do Estadual pode vir hoje à tarde, às 17h15, com uma vitória sobre o Caracas, pelas oitavas-de-final da Taça Libertadores, na Venezuela.
Mas, para que o time do técnico Vanderlei Luxemburgo consiga tal vantagem, os santistas terão de lutar contra uma sina que vem atormentando as equipes que realizam a melhor campanha na classificação geral da competição continental.
Nesta edição do torneio, o time da Baixada foi o único que conquistou 100% dos pontos disputados. No total de seis partidas, foram seis vitórias com 12 gols marcados e apenas um sofrido -foi vazado só pelos argentinos do Ginmasia.
Mas, desde que a Libertadores adotou o novo método de disputa, onde o primeiro colocado dentre os 16 times que avançam aos mata-matas enfrenta a equipe de pior campanha entre os classificados, o melhor clube sempre acaba derrubado antes da final.
Foi assim em 2005, ano de estréia do novo sistema.
Na ocasião, os argentinos do River Plate, que obtiveram 16 pontos em seis jogos disputados, foram derrotados nas semifinais pelo São Paulo, que conquistou o título naquela edição. O time de Buenos Aires perdeu no Morumbi por 2 a 0 e no Monumental por 3 a 2.
No ano seguinte, foi a vez de outro time argentino se dar mal. Depois de fechar a primeira fase também com 16 pontos (cinco vitórias e um empate), o Vélez Sarsfield sucumbiu ao perder a vaga às semifinais para os mexicanos do Chivas.
Não bastasse o histórico desfavorável dos primeiros colocados nos anos anteriores, o Santos ainda tem outro ponto contra. O técnico Vanderlei Luxemburgo, além da lacuna no currículo quanto a conquistas internacionais com clubes, não conta com um bom retrospecto quando o assunto é mata-mata.
Em 40 torneios no modo de fase classificatória e eliminatórias, o treinador santista tem apenas 22,5% de aproveitamento, apesar de ter conquistado nove títulos (três Paulistas, três Brasileiros, um Rio-São Paulo, uma Copa América e um Brasileiro da Série B).
Já quando o assunto é pontos corridos, a história muda. Nesse sistema, Luxemburgo ostenta 60% de aproveitamento. São seis títulos (dois Paulistas, dois Brasileiros e um Mineiro), considerando o Estadual de SP de 1996 com o Palmeiras, quando o campeonato foi disputado em turno e returno, com decisão prevista em regulamento.
"A gente não sabe muito o que esperar do Caracas. É um time rápido e leve. Mas, se eliminou o River Plate, deve ter qualidade", afirmou o meia Zé Roberto, na política de respeitar o adversário, apesar de o rival apresentar a pior campanha dos 16 classificados aos mata-matas, com só nove pontos.
Noel Sanvicente, técnico da equipe venezuelana, apostará em uma formação ofensiva para bater os brasileiros em casa.
A única dúvida no time que deve iniciar o jogo é o meia Alejandro Guerra, que tem uma lesão no joelho direito e só terá sua escalação confirmada momentos antes da partida. Caso seja vetado, o jogador deve ser substituído pelo colombiano Weymar Olivares.


Na TV - Caracas x Santos Sportv, ao vivo, às 17h15

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