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AÇÃO
Sambódromo e Teahupoo
Giratório, técnico, com
manobras de borda e rotina
de base trocada, Burnquist é
ouro nos X-Games Brasil
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
A PERCEPÇÃO de que o skate
vertical anda estagnado motivou o anúncio de corte da modalidade nos X-Games dos EUA.
Foi Bob Burnquist quem comandou a mobilização para que a prova
no half pipe fosse mantida. Ao lado
dele, nomes como Danny Way
ameaçavam não atuar na competição na megarrampa, modalidade em
evidência, se ocorresse o corte. Solidário, Tony Hawk não comentaria
para a TV. O skate vert foi mantido.
Até uma semana antes dos X-Games Brasil, Bob não confirmara presença. Foi quando a organização
lançou a idéia de a final ser em ""jam
session", formato testado nos X-Games do México e aprimorado aqui.
Foi um sucesso. Após os 30 segundos iniciais de cada finalista, eles se
revezaram aleatoriamente. Mineirinho foi quem mais levantou o público, mas somente ficou em quarto.
Ueda, com manobras precisas, foi
terceiro. Digo, mais focado que nunca, arrancou um segundo. E Bob,
""giratório, técnico e com manobras
de borda", segundo sua própria avaliação, levou o ouro. ""Provamos que
o vert tem evolução."
Faltou ele dizer que parte da sua
rotina foi de switchstance, de base
trocada, muito mais difícil, levando
parte do público a não entender a
classificação e fez questão de dizer
que amigos podem ter opiniões diferentes. Deu como exemplo ser contra a inclusão do skate na Olimpíada
neste momento e tendo o ciclismo
como interlocutor junto ao COI, no
que diverge com Mineirinho.
Falando em base trocada, Jamie
O'Brien, um dos poucos que arriscam o movimento em Pipeline, virou nos últimos segundos a final das
triagens do WCT em Teahupoo, Taiti, contra Bruno Santos (BRA). Num
mar pesado de 12 pés, o melhor tube
rider do Brasil já havia tirado duas
notas 10 em baterias anteriores.
Bruninho já se classificou duas vezes para o Pipe Master pelas triagens, e O'Brien é o único trialista a
vencer em Pipeline. Especialistas
nos tubos, os dois garantiram vaga
para a etapa mais aguardada do
Mundial de surfe, que começa na semana que vem, e prometem dar trabalho aos top 45 da elite.
A MAIOR DO BRASIL
Bruninho também ganhou nesta
semana o Prêmio Greenish, R$ 25
mil, pela maior onda surfada na remada, uma bomba em Itacoatiara,
no Rio.
NA POROROCA
Oito garotas disputam a partir de
domingo no rio Mearim, MA, a
primeira de três etapas previstas
nas longas ondas do fenômeno de
maré. As próximas serão no Pará e
no Amapá.
FREESTYLE MOTOCROSS
Agora é no Sambódromo do Rio de
Janeiro, amanhã o Red Bull X-Fighters reúne alguns dos melhores do mundo na modalidade.
sarli@trip.com.br
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