São Paulo, sábado, 02 de maio de 2009

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Gripe atrasa São Paulo na Libertadores

Indefinição sobre o mando de campo de mexicanos adia em 1 semana jogo do time, que pode até atuar 2 vezes no Brasil

Partida entre San Luis-MEX e Nacional-URU também foi adiada, mas os outros seis duelos das oitavas serão realizados normalmente

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Os jogadores do São Paulo, que não entram em campo desde o dia 22, quando encerraram sua participação na fase de grupos da Taça Libertadores, terão de esperar pelo menos mais 12 dias para voltar a atuar na competição continental. A Conmebol anunciou ontem que o confronto do time brasileiro contra o mexicano Chivas, assim como a partida entre Nacional-URU e San Luis-MEX, foram adiadas por uma semana. O motivo é o impasse sobre o mando dos jogos dos clubes do México, país que vive epidemia de gripe suína.
As partidas, que estavam marcadas para quarta-feira, foram agendadas para Bogotá -posteriormente, a secretaria de Saúde da cidade colombiana vetou, "por questões sanitárias", a realização dos jogos. A Conmebol passou o dia de ontem buscando uma solução. Inicialmente, tentou obter o aval do governo chileno para realizar os confrontos em Santiago. Como não se chegou a uma solução, optou-se pelo adiamento dos confrontos.
"O adiamento servirá para buscar uma solução com mais tranquilidade", afirmou Néstor Benítez, porta-voz da entidade. A Conmebol estudava também a possibilidade de marcar as duas partidas para o Brasil.
"A CBF está negociando a autorização com representantes do governo brasileiro", afirmou Benítez. "Faltaria ainda a aprovação dos mexicanos", disse. Outra alternativa é modificar a tabela. Dessa forma, os mexicanos do Chivas e do San Luis passariam a se enfrentar. Nesse caso, o São Paulo teria pela frente como rival o Nacional.
"Não acho legal se houver mudança. Teve uma classificação que levou a isso", afirmou o diretor de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes. "Para o técnico, o importante é saber o time que enfrenta. O resto é ruim pela logística", explicou, antes, Muricy Ramalho, o treinador do São Paulo. A negativa do Chile trouxe de volta cenas da passagem do Chivas por Viña del Mar, palco do confronto contra o Everton.
Antes do confronto, jogadores mexicanos sentiram-se discriminados nas ruas da cidade chilena. "Todos tapavam a boca", contou o meia Pineda. No jogo, o zagueiro Reynoso começou a tossir e assoar o nariz em cima do atacante Penco, do Everton. A atitude repercutiu negativamente no Chile. Ontem, o zagueiro pediu desculpas, mas disse que foi ofendido pelos chilenos, que o acusavam de estar contaminado. Pela manhã, Muricy classificou a atitude de Reynoso de "ridícula". "Está mexendo com algo muito sério", disse o treinador, que estava gripado.
Mas, no próprio México, o Chivas já tomou precauções quando foi jogar contra o Pumas, na capital do país, um dos locais com mais infectados pela gripe suína. Um médico orientou os atletas a ficar mais no hotel, evitar contato com funcionários e até dar autógrafos. Jogadores com dor de garganta e outras doenças não viajaram. E há fotos no site do time de atletas com máscaras.


Colaborou ALEC DUARTE , da Reportagem Local


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