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Gripe atrasa São Paulo na Libertadores
Indefinição sobre o mando de campo de mexicanos adia em 1 semana jogo do time, que pode até atuar 2 vezes no Brasil
Partida entre San Luis-MEX e Nacional-URU também foi adiada, mas os outros seis duelos das oitavas serão realizados normalmente
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Os jogadores do São Paulo,
que não entram em campo desde o dia 22, quando encerraram
sua participação na fase de grupos da Taça Libertadores, terão
de esperar pelo menos mais 12
dias para voltar a atuar na competição continental.
A Conmebol anunciou ontem que o confronto do time
brasileiro contra o mexicano
Chivas, assim como a partida
entre Nacional-URU e San
Luis-MEX, foram adiadas por
uma semana. O motivo é o impasse sobre o mando dos jogos
dos clubes do México, país que
vive epidemia de gripe suína.
As partidas, que estavam
marcadas para quarta-feira, foram agendadas para Bogotá
-posteriormente, a secretaria
de Saúde da cidade colombiana
vetou, "por questões sanitárias", a realização dos jogos.
A Conmebol passou o dia de
ontem buscando uma solução.
Inicialmente, tentou obter o
aval do governo chileno para
realizar os confrontos em Santiago. Como não se chegou a
uma solução, optou-se pelo
adiamento dos confrontos.
"O adiamento servirá para
buscar uma solução com mais
tranquilidade", afirmou Néstor
Benítez, porta-voz da entidade.
A Conmebol estudava também a possibilidade de marcar
as duas partidas para o Brasil.
"A CBF está negociando a autorização com representantes do
governo brasileiro", afirmou
Benítez. "Faltaria ainda a aprovação dos mexicanos", disse.
Outra alternativa é modificar
a tabela. Dessa forma, os mexicanos do Chivas e do San Luis
passariam a se enfrentar. Nesse
caso, o São Paulo teria pela
frente como rival o Nacional.
"Não acho legal se houver
mudança. Teve uma classificação que levou a isso", afirmou o
diretor de futebol do São Paulo,
João Paulo de Jesus Lopes.
"Para o técnico, o importante é
saber o time que enfrenta. O
resto é ruim pela logística", explicou, antes, Muricy Ramalho,
o treinador do São Paulo.
A negativa do Chile trouxe de
volta cenas da passagem do
Chivas por Viña del Mar, palco
do confronto contra o Everton.
Antes do confronto, jogadores mexicanos sentiram-se discriminados nas ruas da cidade
chilena. "Todos tapavam a boca", contou o meia Pineda.
No jogo, o zagueiro Reynoso
começou a tossir e assoar o nariz em cima do atacante Penco,
do Everton. A atitude repercutiu negativamente no Chile.
Ontem, o zagueiro pediu desculpas, mas disse que foi ofendido pelos chilenos, que o acusavam de estar contaminado.
Pela manhã, Muricy classificou a atitude de Reynoso de "ridícula". "Está mexendo com algo muito sério", disse o treinador, que estava gripado.
Mas, no próprio México, o
Chivas já tomou precauções
quando foi jogar contra o Pumas, na capital do país, um dos
locais com mais infectados pela
gripe suína. Um médico orientou os atletas a ficar mais no
hotel, evitar contato com funcionários e até dar autógrafos.
Jogadores com dor de garganta e outras doenças não viajaram. E há fotos no site do time de atletas com máscaras.
Colaborou ALEC DUARTE , da Reportagem Local
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