UOL


São Paulo, segunda-feira, 02 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

F-1

Segundo em Mônaco, finlandês, líder do Mundial, dobra vantagem sobre Schumacher e põe McLaren à frente da Ferrari

Montoya ganha, e Raikkonen comemora

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MÔNACO

Juan Pablo Montoya venceu nas ruas do principado de Mônaco. Kimi Raikkonen comemorou.
No GP mais charmoso e tradicional da F-1, e que ontem levou a pecha de o mais sonolento da temporada, o colombiano conseguiu sua segunda vitória na categoria, a primeira da Williams em Montecarlo desde 1983. Raikkonen ficou em segundo lugar, seguido por Michael Schumacher.
Com esse resultado, o finlandês dobrou de dois para quatro pontos a vantagem sobre Schumacher no Mundial de Pilotos e conseguiu um feito: o pentacampeão não depende mais de seus próprios esforços para chegar à metade da temporada na liderança.
Além disso, Raikkonen ajudou a McLaren a superar a Ferrari no Mundial de Construtores: 73 a 71.
Caso Raikkonen mantenha sua regularidade e suba ao pódio em segundo lugar no Canadá, em duas semanas, iniciará a metade final do campeonato como líder.
Um cenário raro. Há anos Schumacher não inicia a segunda metade de um campeonato fora da dianteira. Precisamente, desde 1999, quando fraturou tíbia e fíbula da perna direita em um forte acidente em Silverstone. Quatro anos depois, quem está "quebrando a perna" do alemão é o novo regulamento da F-1 somado à regularidade de Raikkonen.
Em sete provas até agora, o finlandês subiu ao pódio em seis. Quatro vezes em segundo lugar.
"Estou um pouco desapontado por não ter vencido, mas é muito bom saber que ampliei minha vantagem no Mundial", disse Raikkonen, ontem, após a prova. "Tentei pressionar o Montoya o tempo todo, só que infelizmente ele não cometeu nenhum erro."
A corrida de Montoya foi impecável. Terceiro no grid, ele ultrapassou Raikkonen, segundo, logo na largada. A partir de então, passou a perseguir Ralf Schumacher.
Em uma pista onde as ultrapassagens são complicadas, ele usou a estratégia para chegar à ponta.
Na 21ª volta, Ralf entrou nos boxes para o primeiro de seus dois pits stops. Sabendo que teria que parar duas voltas depois, o colombiano decidiu pisar fundo.
O GP foi decidido na 22ª volta. Montoya a completou em 1min15s166, 4s281 mais rápido do que Ralf. Assim, no giro seguinte, pôde parar nos boxes e voltar à pista à frente do companheiro.
Na ponta, Montoya seguiu acelerando. "Tive que manter o ritmo forte, pois Kimi pararia depois de mim [Montoya parou na 49ª, e Raikkonen, na 53ª]. Só relaxei um pouco quando passei pela reta e vi que ele estava nos boxes."
Além de encerrar 20 anos de jejum da Williams no principado -desde o triunfo de Keke Rosberg, em 1983-, Montoya se tornou o segundo piloto da história a vencer duas das mais tradicionais provas do automobilismo: o GP de Mônaco e as 500 Milhas de Indianápolis -esta, em 1999.
O outro que alcançou isso foi o inglês Graham Hill, único a fechar o "Grand Slam" do automobilismo: venceu em Mônaco, Indianápolis e nas 24 Horas de Le Mans.



Texto Anterior: A rodada
Próximo Texto: Ferrari perde invencibilidade e sai do pedestal
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.