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F-1
Segundo em Mônaco, finlandês, líder do Mundial, dobra vantagem sobre Schumacher e põe McLaren à frente da Ferrari
Montoya ganha, e Raikkonen comemora
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MÔNACO
Juan Pablo Montoya venceu nas
ruas do principado de Mônaco.
Kimi Raikkonen comemorou.
No GP mais charmoso e tradicional da F-1, e que ontem levou a
pecha de o mais sonolento da
temporada, o colombiano conseguiu sua segunda vitória na categoria, a primeira da Williams em
Montecarlo desde 1983. Raikkonen ficou em segundo lugar, seguido por Michael Schumacher.
Com esse resultado, o finlandês
dobrou de dois para quatro pontos a vantagem sobre Schumacher
no Mundial de Pilotos e conseguiu um feito: o pentacampeão
não depende mais de seus próprios esforços para chegar à metade da temporada na liderança.
Além disso, Raikkonen ajudou
a McLaren a superar a Ferrari no
Mundial de Construtores: 73 a 71.
Caso Raikkonen mantenha sua
regularidade e suba ao pódio em
segundo lugar no Canadá, em
duas semanas, iniciará a metade
final do campeonato como líder.
Um cenário raro. Há anos Schumacher não inicia a segunda metade de um campeonato fora da
dianteira. Precisamente, desde
1999, quando fraturou tíbia e fíbula da perna direita em um forte
acidente em Silverstone. Quatro
anos depois, quem está "quebrando a perna" do alemão é o novo
regulamento da F-1 somado à regularidade de Raikkonen.
Em sete provas até agora, o finlandês subiu ao pódio em seis.
Quatro vezes em segundo lugar.
"Estou um pouco desapontado
por não ter vencido, mas é muito
bom saber que ampliei minha
vantagem no Mundial", disse
Raikkonen, ontem, após a prova.
"Tentei pressionar o Montoya o
tempo todo, só que infelizmente
ele não cometeu nenhum erro."
A corrida de Montoya foi impecável. Terceiro no grid, ele ultrapassou Raikkonen, segundo, logo
na largada. A partir de então, passou a perseguir Ralf Schumacher.
Em uma pista onde as ultrapassagens são complicadas, ele usou
a estratégia para chegar à ponta.
Na 21ª volta, Ralf entrou nos boxes para o primeiro de seus dois
pits stops. Sabendo que teria que
parar duas voltas depois, o colombiano decidiu pisar fundo.
O GP foi decidido na 22ª volta.
Montoya a completou em
1min15s166, 4s281 mais rápido do
que Ralf. Assim, no giro seguinte,
pôde parar nos boxes e voltar à
pista à frente do companheiro.
Na ponta, Montoya seguiu acelerando. "Tive que manter o ritmo forte, pois Kimi pararia depois de mim [Montoya parou na
49ª, e Raikkonen, na 53ª]. Só relaxei um pouco quando passei pela
reta e vi que ele estava nos boxes."
Além de encerrar 20 anos de jejum da Williams no principado
-desde o triunfo de Keke Rosberg, em 1983-, Montoya se tornou o segundo piloto da história a
vencer duas das mais tradicionais
provas do automobilismo: o GP
de Mônaco e as 500 Milhas de Indianápolis -esta, em 1999.
O outro que alcançou isso foi o
inglês Graham Hill, único a fechar
o "Grand Slam" do automobilismo: venceu em Mônaco, Indianápolis e nas 24 Horas de Le Mans.
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