São Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2004

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Usada por ídolos, camisa 10 acaba menosprezada

DO ENVIADO A BELO HORIZONTE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Em nenhum outro lugar o culto à camisa dez é tão grande como no Brasil e na Argentina. Mas hoje, quando as seleções entrarem em campo, o número que imortalizou Pelé e Maradona não terá o mesmo destaque.
Pelo lado brasileiro, o dez é desprezado pelas maiores estrelas. Do lado argentino ele nem é mais usado, como uma homenagem ao ex-jogador, que hoje luta para se livrar do vício da cocaína.
Nos últimos jogos do Brasil a camisa que teve Pelé, Rivellino e Zico como modelos foi vestida pelo meia Juninho Pernambucano.
Nenhum dos três principais astros do time opta por ela. Kaká quer a oito. Ronaldinho joga com a dez no Barcelona, mas prefere a sete na seleção. Ronaldo já vestiu a dez nos tempos de Inter de Milão, mas sempre jogou com a nove na seleção.
Se no Brasil o dez não é prioridade por opção, na Argentina isso ocorre como reverência. A federação argentina ainda não foi autorizada a aposentar o número de Maradona na Copa do Mundo, mas no resto dos jogos da equipe isso já acontece.
Principal jogador de meio-campo da Argentina, Aimar, do Valencia, joga com o 16 nas costas nas eliminatórias.
Efetivado como titular da seleção no início do ano, Juninho, que nos tempos de Vasco geralmente usava a oito, não teme a responsabilidade de ser titular e um dos candidatos a usar o número que consagrou Pelé. "É claro que esse jogo é importante. Mas eu não posso ficar pensando toda hora que estou sendo testado", disse o atleta do Lyon, que tem na seleção uma função parecida com a que tinha em seu clube no Francês. (PC E PP)


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