|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Usada por ídolos,
camisa 10 acaba
menosprezada
DO ENVIADO A BELO HORIZONTE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Em nenhum outro lugar o
culto à camisa dez é tão
grande como no Brasil e na
Argentina. Mas hoje, quando as seleções entrarem em
campo, o número que imortalizou Pelé e Maradona não
terá o mesmo destaque.
Pelo lado brasileiro, o dez é
desprezado pelas maiores
estrelas. Do lado argentino
ele nem é mais usado, como
uma homenagem ao ex-jogador, que hoje luta para se
livrar do vício da cocaína.
Nos últimos jogos do Brasil a camisa que teve Pelé, Rivellino e Zico como modelos
foi vestida pelo meia Juninho Pernambucano.
Nenhum dos três principais astros do time opta por
ela. Kaká quer a oito. Ronaldinho joga com a dez no
Barcelona, mas prefere a sete
na seleção. Ronaldo já vestiu
a dez nos tempos de Inter de
Milão, mas sempre jogou
com a nove na seleção.
Se no Brasil o dez não é
prioridade por opção, na Argentina isso ocorre como reverência. A federação argentina ainda não foi autorizada
a aposentar o número de
Maradona na Copa do Mundo, mas no resto dos jogos
da equipe isso já acontece.
Principal jogador de meio-campo da Argentina, Aimar,
do Valencia, joga com o 16
nas costas nas eliminatórias.
Efetivado como titular da
seleção no início do ano, Juninho, que nos tempos de
Vasco geralmente usava a
oito, não teme a responsabilidade de ser titular e um dos
candidatos a usar o número
que consagrou Pelé. "É claro
que esse jogo é importante.
Mas eu não posso ficar pensando toda hora que estou
sendo testado", disse o atleta
do Lyon, que tem na seleção
uma função parecida com a
que tinha em seu clube no
Francês.
(PC E PP)
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Trinta mil presenciam rachão Índice
|