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Nem sobrevivente na seletiva está garantido no Pan
Até presidente da confederação de hipismo diz que "é difícil analisar quem tem razão" no imbróglio para definir time
Único com índice técnico, César Almeida discorda do qualificatório; empresário de Pessoa diz que conjuntos do Brasil "não estão prontos"
FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO
Só um cavaleiro obteve o índice técnico para o Pan, mas
ainda não está assegurado no
evento. O melhor do país assiste, à distância, às seletivas e
continua indefinido no time. E
o presidente da confederação
diz que "é difícil analisar" quem
tem razão na novela em que se
transformou a formação da
equipe que defenderá o hipismo brasileiro no Rio, em julho.
Ontem, no Centro Hípico de
Deodoro, local que abrigará a
modalidade no Pan e ainda está
em obras, César Almeida chegou a 23,91 pontos perdidos.
Pela regras da CBH (Confederação Brasileira de Hipismo),
estaria nos Jogos. Ele ficou
abaixo dos 28 pontos perdidos
estabelecidos como teto para
entrar no time dos Jogos.
A pontuação seria contada
nas seletivas de São Paulo, na
semana passada, e do Rio, que
termina amanhã.
Anteontem, a CBH informou
que os cavaleiros teriam de
atingir, no máximo, os 28 pontos até as provas de ontem.
Ao anunciar o teto, em abril,
a CBH tinha afirmado que a
contagem valeria até o final das
seletivas. Ou até amanhã, nas
últimas disputas do Brasileiro.
A nova mudança de regra
deixaria Almeida classificado
para o Pan -foi o único a somar
menos de 28 pontos até ontem.
Mas uma eventual eliminação
em uma das duas provas de
amanhã deve lhe tirar a vaga.
A confederação também determinou que as seletivas
apontarão cinco suplentes para
o Pan. Serão cavaleiros que ficarem entre os oito melhores
do ranking geral das provas.
Com só um posto preenchido
no critério técnico, os outros
dois -um titular e o reserva-
sairão de forma subjetiva.
O chefe de equipe, ainda não
designado pela CBH, irá escolher os nomes.
"Acho que deveria haver um
índice técnico, mas não concordo com a maneira como o processo [das seletivas] foi feito",
reclamou Almeida, perto da vaga no evento carioca.
Ao assumir a CBH em fevereiro, o presidente Maurício
Manfredi excluiu as provas na
Europa como seletivas. Estabeleceu Rio e São Paulo como sedes da disputa pelo Pan.
O dirigente ainda pré-classificou o campeão olímpico Rodrigo Pessoa e Bernardo Alves
no time dos Jogos por serem os
dois melhores brasileiros no
ranking mundial -na época,
entre os 20.
A alteração da regra desagradou aos principais cavaleiros
do país, em ação no continente
europeu. Nomes como Pessoa,
Álvaro Affonso de Miranda Neto, Cássio Rivetti e Pedro Veniss abriram mão de competir
nos classificatórios. Alves confirmou presença no Pan.
Pessoa tem tido informações
sobre as seletivas. De acordo
com seu empresário, André
Beck, o campeão olímpico espera "o que a confederação vai
fazer" para tomar sua decisão.
"[As seletivas] só mostraram
que o Rodrigo estava certo ao
defender provas na Europa. Os
cavaleiros no Brasil tiveram
chance e mostraram que não
estão prontos", disse Beck.
Manfredi afirma que a CBH
trabalhava com a hipótese de as
vagas não serem preenchidas
na seletiva. "Os cavaleiros "europeus" não estão certos; os cavaleiros "brasileiros" também
não. É difícil analisar."
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