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LeBron carrega time e Brasil para a decisão da NBA
Prodígio da liga americana tem atuação épica, e Cleveland, dele e de Anderson Varejão, está a uma vitória da final
Triunfo hoje contra o Detroit coloca um jogador brasileiro no último mata-mata do torneio norte-americano pela primeira vez na história
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil tem chance de fazer
história hoje na NBA com Anderson Varejão. Isso graças a
uma atuação individual que assombrou o basquete americano
na noite de anteontem.
LeBron James, 22, fez 48
pontos na vitória do Cleveland
Cavaliers sobre o Detroit Pistons, que deixou o time de Ohio
e Varejão a um triunfo da final
da liga americana de basquete,
fato inédito tanto para a equipe
como para um jogador brasileiro. O triunfo decisivo pode chegar hoje à noite, em casa. Se falhar, o Cleveland ainda terá outra chance na segunda-feira,
dessa vez como visitante.
Não foi só pela pontuação -a
mais alta da carreira do prodígio da NBA em playoffs- que a
atuação de LeBron foi épica.
Ele simplesmente marcou
todos os últimos 25 pontos da
sua equipe. Isso a partir do final
do último quarto e nas duas
prorrogações na vitória de 109
a 107, que colocou o Cleveland
em vantagem de 3 a 2 na final
da Conferência do Leste -o
San Antonio faturou o título no
Oeste e já está na decisão.
Os 18 pontos do Cleveland
nos tempos extras foram de LeBron, que ainda pegou nove rebotes e deu sete assistências,
melhores marcas do time no jogo no Palace de Auburn Hills.
O repertório de cestas também foi impressionante, como
as duas enterradas, depois de
"driblar" quase todo o time rival, no final do tempo normal e
um arremesso de três pontos
diante de dois marcadores e
com o corpo desequilibrado na
prorrogação final. E isso na casa de um time que tem a defesa
como o grande ponto forte
-nesta temporada, o Detroit
tem a segunda menor média de
pontos sofridos da NBA.
"Eles são definitivamente
um grande time de defesa, mas
eu estava determinado a atacar", disse LeBron, que tem
contratos assinados que vão lhe
render quase US$ 200 milhões
antes de completar 30 anos.
O ala deixou colegas e rivais
impressionados. "Nós fizemos
de tudo, mas simplesmente não
conseguimos pará-lo", falou o
armador Chauncey Billups, do
Detroit. "Todos continuaram
pedindo mais, e ele fez mais",
falou Mike Brown, o técnico do
Cleveland, que, antes de selecionar LeBron no draft (a escolha de novatos da NBA), há quatro temporadas, era o pior time
da liga profissional.
"O que o LeBron fez eu nunca
vi", disse Varejão, que mais
uma vez se destacou na série.
Primeiro, por sofrer uma falta tão dura que causou a expulsão, ainda no primeiro tempo,
de Antonio McDyess, o mais
importante reserva do Detroit.
Depois, por marcar nove
pontos e, por fim, ser o responsável pelas melhores jogadas
defensivas nas prorrogações.
Para LeBron, sedento por um
título, o mais importante foi o
resultado. "Essa definitivamente foi uma grande vitória,
uma das mais importantes da
história do Cleveland. Para
mim e meus colegas, foi definitivamente a mesma coisa."
Os principais sites americanos especializados em esporte,
como o da ESPN e da "Sports
Illustraded", colocaram o desempenho do ala no mesmo patamar que outros que fizeram
história nos playoffs, como os
63 pontos de Michael Jordan
contra o Boston Celtics na década de 80 e os 42 de Magic
Johnson, mesmo doente e improvisado como pivô, numa final entre o seu Los Angeles Lakers e o mesmo Boston.
Com agências internacionais
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