São Paulo, sábado, 02 de junho de 2007

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LeBron carrega time e Brasil para a decisão da NBA

Prodígio da liga americana tem atuação épica, e Cleveland, dele e de Anderson Varejão, está a uma vitória da final

Triunfo hoje contra o Detroit coloca um jogador brasileiro no último mata-mata do torneio norte-americano pela primeira vez na história


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil tem chance de fazer história hoje na NBA com Anderson Varejão. Isso graças a uma atuação individual que assombrou o basquete americano na noite de anteontem.
LeBron James, 22, fez 48 pontos na vitória do Cleveland Cavaliers sobre o Detroit Pistons, que deixou o time de Ohio e Varejão a um triunfo da final da liga americana de basquete, fato inédito tanto para a equipe como para um jogador brasileiro. O triunfo decisivo pode chegar hoje à noite, em casa. Se falhar, o Cleveland ainda terá outra chance na segunda-feira, dessa vez como visitante.
Não foi só pela pontuação -a mais alta da carreira do prodígio da NBA em playoffs- que a atuação de LeBron foi épica.
Ele simplesmente marcou todos os últimos 25 pontos da sua equipe. Isso a partir do final do último quarto e nas duas prorrogações na vitória de 109 a 107, que colocou o Cleveland em vantagem de 3 a 2 na final da Conferência do Leste -o San Antonio faturou o título no Oeste e já está na decisão.
Os 18 pontos do Cleveland nos tempos extras foram de LeBron, que ainda pegou nove rebotes e deu sete assistências, melhores marcas do time no jogo no Palace de Auburn Hills.
O repertório de cestas também foi impressionante, como as duas enterradas, depois de "driblar" quase todo o time rival, no final do tempo normal e um arremesso de três pontos diante de dois marcadores e com o corpo desequilibrado na prorrogação final. E isso na casa de um time que tem a defesa como o grande ponto forte -nesta temporada, o Detroit tem a segunda menor média de pontos sofridos da NBA.
"Eles são definitivamente um grande time de defesa, mas eu estava determinado a atacar", disse LeBron, que tem contratos assinados que vão lhe render quase US$ 200 milhões antes de completar 30 anos.
O ala deixou colegas e rivais impressionados. "Nós fizemos de tudo, mas simplesmente não conseguimos pará-lo", falou o armador Chauncey Billups, do Detroit. "Todos continuaram pedindo mais, e ele fez mais", falou Mike Brown, o técnico do Cleveland, que, antes de selecionar LeBron no draft (a escolha de novatos da NBA), há quatro temporadas, era o pior time da liga profissional.
"O que o LeBron fez eu nunca vi", disse Varejão, que mais uma vez se destacou na série.
Primeiro, por sofrer uma falta tão dura que causou a expulsão, ainda no primeiro tempo, de Antonio McDyess, o mais importante reserva do Detroit.
Depois, por marcar nove pontos e, por fim, ser o responsável pelas melhores jogadas defensivas nas prorrogações.
Para LeBron, sedento por um título, o mais importante foi o resultado. "Essa definitivamente foi uma grande vitória, uma das mais importantes da história do Cleveland. Para mim e meus colegas, foi definitivamente a mesma coisa."
Os principais sites americanos especializados em esporte, como o da ESPN e da "Sports Illustraded", colocaram o desempenho do ala no mesmo patamar que outros que fizeram história nos playoffs, como os 63 pontos de Michael Jordan contra o Boston Celtics na década de 80 e os 42 de Magic Johnson, mesmo doente e improvisado como pivô, numa final entre o seu Los Angeles Lakers e o mesmo Boston.


Com agências internacionais


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