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Coordenador da seleção brasileira, Zico, afirma que faltou diálogo entre jogadores contra o Athletic Bilbao
Ronaldinho cobra união
e mentalidade vencedora
dos enviados a Lésigny
Um dia depois de a seleção apenas empatar em 1 a 1 com o Athletic Bilbao, o atacante Ronaldinho
afirmou ontem que a equipe precisa de mais união e "mentalidade
vencedora" para ser campeã da 16ª
Copa do Mundo.
"O Brasil é o maior adversário
de si mesmo", disse Ronaldinho.
De acordo com ele, o time "é
unido, mas tem que ser mais".
"E, apesar de estarmos aqui
para ganhar, ainda falta mais
mentalidade vencedora."
Na véspera, em Bilbao, o coordenador técnico Zico disse que
sente ausência de diálogo entre os
jogadores em campo.
O exemplo de Zico: a defesa do
Athletic Bilbao, jogando em linha,
facilitava os lançamentos brasileiros, mas os atletas da seleção não
conversavam.
Apesar das afirmações sobre o
que ainda considera limitações da
seleção, Ronaldinho disse que o
empate de 1 a 1 no País Basco
"deixou todo mundo contente", com o time "jogando bem,
mostrando espírito de competição".
Para o jogador, "faltam alguns
detalhes a acertar, como a bola
chegar mais rapidamente ao ataque".
O discurso de Ronaldinho, como o da maioria dos jogadores
que se pronunciaram ontem, foi
de entusiasmo com o desempenho
em Bilbao, apesar de a média das
notas de torcedores paulistanos
para a seleção, segundo o Datafolha, ter sido de 4,9.
"Mostramos um espírito de
luta diferente do da semana passada", disse Ronaldinho, sobre a vitória de 1 a 0 sobre o Racing, de
Paris, clube da terceira divisão
francesa, num jogo-treino.
Passeio
Antes de ir para Paris, onde acabaria assistindo a um jogo de tênis
no Torneio de Roland Garros, Ronaldinho tinha pretensões de passear sozinho.
"Não sei ainda aonde vou....
Os paparazzi estão aí", disse, se referindo aos fotógrafos que estavam em frente ao Château de
Grande Romaine, hotel onde se
hospeda a seleção em Lésigny, na
periferia da capital francesa.
Ronaldinho vestiu ontem uma
camiseta e um boné da coleção
"R9", que a Nike lançará na semana que vem, tendo o jogador
como modelo.
O "R" é a inicial do nome e o
"9", o número da camisa dele.
Como Ronaldinho, o lateral-direito Cafu achou que "o Brasil
teve um rendimento bem melhor
do que no primeiro amistoso na
França".
Para o lateral, "ainda nos falta
conjunto, o que não se encontra
da noite para o dia".
De manhã, Cafu jogou vôlei na
concentração. Depois, saiu. Sobre
a entrada de Zé Carlos em seu lugar no segundo tempo da partida
de domingo, Cafu evitou polemizar: "O professor Zagallo tem
direito de fazer o que quiser".
Cafu disse que não teve intenção
de agredir um adversário basco,
vítima de um carrinho do brasileiro. "Eu visei a bola, mas acertei
a canela dele. Não era intenção,
pedi desculpas."
O técnico Zagallo saiu ontem de
manhã da concentração para gravar um programa na TV Manchete, na qual é o astro de um quadro
de promoções telefônicas pelo sistema 0900. Na volta, o carro com
Zagallo não parou, e ele, como de
manhã, não deu entrevista.
A equipe volta a treinar hoje.
Amanhã, enfrenta a seleção de
Andorra, às 12h30, no estádio Red
Star, em Paris.
(MM e RA)
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