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BASQUETE
Seleção feminina é derrotada por 1 ponto pela Austrália e enfrenta a Lituânia, quinta, pelas quartas-de-final
Brasil perde a primeira no Mundial
LUÍS CURRO
enviado especial a Berlim
A seleção feminina de basquete
caiu ontem diante da Austrália,
por 76 a 75 (41 a 42), e perdeu sua
invencibilidade de cinco partidas
no Mundial feminino de basquete,
na Alemanha.
Com o resultado, o Brasil, atual
campeão mundial, ficou em segundo lugar no Grupo F da segunda fase. A Austrália, ainda invicta,
terminou em primeiro. Também
se classificaram na chave as seleções de Cuba e da Eslováquia.
Pelas quartas-de-final, em partida eliminatória, as brasileiras enfrentam as lituanas depois de amanhã. Na preparação para o Mundial, as seleções jogaram quatro
vezes, e o Brasil ganhou todas.
A equipe brasileira, diante de
2.067 pessoas no Max-Schmeling-Halle, teve uma ótima metade
de primeiro tempo: nos dez minutos iniciais, conseguiu abrir 9 pontos (25 a 16). Mas nos cinco minutos seguintes, as australianas fizeram 11 pontos, contra apenas 3 das
brasileiras.
O jogo seguiu equilibrado até o
fim da etapa, e o panorama se repetiu no segundo tempo.
A máxima diferença, aberta pelas australianas, foi de sete pontos,
a 13min, 6min e 5min para o final.
A 45 segundos do fim da partida,
a ala Paula acertou seu quinto arremesso de três na partida e deixou o Brasil 3 pontos atrás (76 a
73) no placar.
A Austrália gastou os 30 segundos no ataque, mas Michele
Timms errou o arremesso.
No contra-ataque, Paula tentou
o empate, mas não acertou. A
ala-armadora Silvinha ficou com a
sobra, e também errou o arremesso de três.
A bola, após desvio australiano,
saiu em lateral, e, com 3 segundos
para o fim, o técnico do Brasil,
Antonio Carlos Barbosa pediu
tempo. Silvinha cobrou o lateral
para sua irmã, a armadora Helen,
mas o arremesso de três nem chegou a tocar no aro.
A ala Janeth ainda conseguiu,
com o cronômetro zerando, fazer
dois pontos, insuficientes para levar o jogo à prorrogação.
A partida teve um fato curioso:
duelaram Paula, 36, e a ala-armadora Robyn Maher, 38, mulher do
treinador Tom Maher.
Além de serem as atletas mais
velhas deste campeonato, ambas,
na primeira rodada, bateram um
recorde: são as primeiras na história a disputar seis Mundiais.
Na quinta, além de Brasil x Lituânia, jogam EUA (também invictos) x Eslováquia. Sexta há Rússia x Cuba e Espanha x Austrália.
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