São Paulo, terça-feira, 02 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MEMÓRIA

CPIs marcam fase crítica da gestão de dirigente na CBF

DOS ENVIADOS A YOKOHAMA

O mineiro Ricardo Teixeira, 54, viveu o pior de seus 13 anos à frente da CBF durante o período em que duas CPIs no Congresso investigaram suas contas pessoais e as da entidade que preside.
Acusado de crimes contra a ordem financeira, evasão de divisas e sonegação de impostos no relatório do deputado Sílvio Torres (PSDB-SP), o dirigente chegou a anunciar que "penduraria a cartola" em 2003.
Justificava sua decisão dizendo que havia sido vítima de um massacre -principalmente depois de um Globo Repórter sobre sua gestão- e que queria se dedicar mais a sua mulher e a sua filha mais nova, Antonia, 3.
Os problemas cardíacos que o acometeram na reta final das CPIs também contribuíram para a decisão de não concorrer a mais um mandato na CBF.
Mas, segundo pessoas próximas ao dirigente, Teixeira voltou em 2002 a se dedicar com entusiasmo à política no futebol.
Primeiro se empenhou pessoalmente na campanha de Joseph Blatter à reeleição na Fifa. Com a vitória do suíço com 70% dos votos, aumentou seu poder na entidade máxima do futebol.
Quem tem conversado com o dirigente nos últimos dias já não acredita que a decisão de deixar o futebol brasileiro seja definitiva.
A conquista do pentacampeonato mundial e a vitória de Blatter teriam, na opinião dessas pessoas, o poder de fazer Teixeira rever sua posição -mesmo tendo que responder a processos na Justiça por supostos atos irregulares em seus 13 anos na CBF.
Segundo seus aliados, Teixeira acredita que o pior já passou e já pensa na possibilidade de ficar no cargo. (FV, FM, JAB E SR)


Texto Anterior: Penta: Aliados de Teixeira já falam em reeleição
Próximo Texto: Penta: Seleção chega e é recebida por FHC
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.