São Paulo, terça-feira, 02 de julho de 2002 |
Texto Anterior | Índice
Copa de A a Z
A - Ásia Pela primeira vez, a principal competição de futebol mundial foi disputada por lá. E foi também a estréia de uma Copa com dois países-sedes (Japão e Coréia do Sul). Outra novidade: o campeão de 2002 não tem vaga compulsória para a Copa seguinte. B - Blatter Após ser acusado de corrupção em sua administração, o suíço Joseph Blatter, que organizou seu primeiro Mundial, venceu a queda-de-braço com seus opositores e conquistou mais quatro anos de mandato na presidência da Fifa. C - Cabelos Na esteira do craque inglês Beckham, os cortes de cabelo dos jogadores foram um capítulo à parte. Desfilaram pelos gramados moicanos (como Davala ou Ziege), os orientais loiros do Japão, o "cascão" de Ronaldo e as longas madeixas de Ronaldinho. D - Decepções Apontados como grandes forças, franceses, argentinos e portugueses tiveram desempenhos medíocres e voltaram para casa ainda na primeira fase. Os atuais campeões mundiais, para piorar, ainda deixaram a competição sem ter marcado um gol sequer. Em seguida vieram os italianos, eliminados nas oitavas-de-final. E - Estrelas O Mundial serviu para recuperar estrelas que ameaçavam se apagar. Principal prova disso é Rivaldo, forte candidato a conquistar o prêmio de melhor jogador da Copa. Além dele, Ronaldo, que chegou desacreditado à Ásia, lidera a artilharia do torneio. A muralha alemã Oliver Kahn também sairá da Copa mais iluminado. F - Fuso O fuso de 12 horas em relação à Coréia do Sul e ao Japão mudou a rotina dos brasileiros que acompanharam ao vivo os jogos da Copa. Pela primeira vez nas 17 edições do torneio, o torcedor teve de levantar durante a madrugada para ver as partidas do Brasil, que aconteceram às 3h30, às 6h30 e às 8h30, no horário de Brasília. G - Gols Em um Mundial marcado pelo equilíbrio, sobrou para os goleadores. A Copa-2002 tem a menor média de gols (2,48 por partida) desde o Mundial de 1990, na Itália. Até agora, nos 62 jogos disputados foram marcados só 154 gols. H - histeria A boa performance dos coreanos, que chegaram às semifinais da Copa, deixou o país tomado pela febre do futebol, que levou mais de 4 milhões de pessoas às ruas para festejar a seleção. I - Ibope O brasileiro acordou mais cedo para ver a Copa. No jogo entre Brasil e Turquia, pela semifinal, a audiência atingiu um pico de 75 pontos, com média de 71. É o recorde histórico em um jogo de Mundial desde 1986, quando o Ibope passou a fazer a medição. J - juízes A série de erros do egípcio Gamal Ghandour impediu a Espanha de vencer a anfitriã Coréia do Sul. A Itália já havia sido prejudicada contra os coreanos. O Brasil também recebeu ajuda no pênalti marcado na estréia e no gol belga anulado nas oitavas-de-final. L - Lesões Além dos astros que atuaram nos primeiros jogos sem as condições físicas ideais, como Beckham, Figo e Ronaldo, outros craques ficaram de fora de parte do Mundial, como Zidane, da França, e Raúl, da Espanha, desfalque no mata-mata contra a Coréia. No Brasil, Emerson, se contundiu na Ásia, na fase final de preparação. M - Maradona Sempre metido em polêmicas, o ex-jogador argentino foi proibido de entrar no Japão devido ao seu histórico de envolvimento com drogas, mas acabou acolhido pela Coréia. Os japoneses recuaram e permitiram a entrada da estrela para assistir à final. N - Nike Depois de ter a sua parceria com a CBF investigada por duas CPIs, a multinacional ampliou seus domínios na seleção brasileira (calçou 18 dos 23 atletas) e conseguiu a segunda oportunidade de decidir o Mundial contra uma seleção vestida pela Adidas. A Nike ainda espera sua marca ganhar a Copa. O - Organização Não na mesma proporção, mas esta Copa repetiu os problemas com ingressos verificados em 98. O sistema de distribuição de entradas não funcionou novamente, a ponto de o próprio presidente da Fifa, Joseph Blatter, não saber anteontem quantos ingressos estavam disponíveis para a final. P - Ping-Pong Este Mundial mostrou uma nova tendência: o jogo ficou mais vertical, segundo os números do Datafolha. A mudança foi verificada pela queda do índice médio de passes nos 29 primeiros jogos, ou seja, as jogadas foram trabalhadas por menos tempo antes de chegar ao ataque adversário. Q - Quase Quase três dos quatro semifinalistas não foram à Copa. Turquia e Alemanha precisaram da repescagem, e o Brasil obteve a vaga contra a Venezuela na última partida da chave sul-americana. R - Rivaldo, Ronaldinho e Ronaldo O trio de erres foi responsável pela boa campanha da seleção. Cada um deles desequilibrou e levou a equipe à vitória em, pelo menos, um jogo. Nos pés dos três, concentraram-se a criação e a produção ofensivas do Brasil. S - Segurança Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, a segurança ganhou atenção especial. Apesar disso, não houve problemas. Nem com os hooligans ingleses. T - Tática O esquema tático 3-5-2 se consagrou. Dos quatro semifinalistas, três usaram em suas campanhas, com adaptações e variantes, a versão clássica do sistema. Dos finalistas, ambos jogam assim, mesmo que o Brasil transite para um 4-4-2 disfarçado. U - Último A lanterna ficou com a Arábia Saudita, com três derrotas, 12 gols sofridos e nenhum marcado. O maior vexame foi os 8 a 0 para a Alemanha. Os sauditas tentam agora seguir os EUA, que saíram do último lugar em 1998 para as quartas-de-final nesta Copa. V - Videoteipe Os estádios tiveram reprises dos lances, o que quase acabou vetado por causa da chance de gerar revolta contra os juízes. Ao mesmo tempo, os erros forçaram a Fifa tomar uma posição quanto ao uso de videoteipe nos jogos. X - X-dog O hábito sul-coreano de comer cachorros causou comoção em estrangeiros. Uma repórter de TV espanhola chegou a adotar um animal e dar o nome de Camachito, em alusão ao técnico da seleção, José Antonio Camacho. Z - Zebras Os resultados inesperados ocorreram até as quartas. Primeiro, saíram precocemente Argentina, França e Portugal. Nas oitavas, caiu a Itália. Assim, Senegal, EUA, Turquia e Coréia alcançaram as quartas, com turcos e coreanos nas semifinais. Texto Anterior: As novidades do ranking Índice |
|