São Paulo, domingo, 02 de julho de 2006

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Desunida, seleção racha até sobre time para África do Sul

Cafu, 36, e Juninho, 31, expõem divergências sobre a renovação brasileira para a próxima Copa

Mais experiente jogador da equipe, lateral e capitão condena mudança radical do grupo para Mundial-10, defendida por meia do Lyon


DOS ENVIADOS A FRANKFURT

Dois integrantes da velha-guarda da seleção, o capitão Cafu, 36 anos, e o meia Juninho, 31, expuseram divergências entre os jogadores a respeito da renovação da equipe nacional.
Cafu se colocou contra pedidos de rejuvenescimento total após a eliminação na Copa. Juninho foi na direção oposta e pediu espaço para os jovens.
Essa discussão esteve presente durante toda a campanha brasileira na Alemanha. Os veteranos eram contra a saída dos mais velhos do time titular, deixando o técnico Carlos Alberto Parreira pressionado.
"Não é hora de caçar culpados. É hora de pensar nos mais jovens. O que o Brasil precisa é abrir espaço para uma nova geração. Precisa preparar um novo time para a próxima Copa do Mundo", disse o meia do Lyon.
"O Juninho é um grande jogador. Não sei o porquê de ele usar esses termos. Toda seleção tem que ter jogadores experientes, isso é claro. Já tentaram fazer uma seleção jovem nas eliminatórias, e o Brasil quase não se classificou. Então acho que tem que mesclar jogadores experientes com outros novos para chegarmos bem às competições, como o Brasil vem chegando", rebateu Cafu.
O lateral chegou a dizer que sua aposentadoria da seleção não é certa. "Ninguém está falando que é minha despedida ainda. São vocês [jornalistas] que estão falando que é. Calma, está cedo, a gente não sabe o que vai acontecer daqui para a frente. Vou trabalhar para jogar futebol e estar sempre à disposição da seleção", declarou.
"Acho que tem clima para todo mundo continuar. Chegamos a três finais, ganhamos duas. Ia chegar o momento em que isso ia acontecer, infelizmente foi agora", acrescentou Cafu, o brasileiro com mais jogos pela seleção em Copas (20) e o único homem a participar de três finais de Mundiais.
"Claro que para [jogar em] 2010 é muito difícil, mas o futebol pode pregar surpresas."
A segunda partida de Juninho como titular do Brasil numa Copa foi também a última. O meia disse ontem que não pensa mais em jogar pela seleção. "Para mim, já deu, acabou", disse o meia que jogou ontem.0 (EDUARDO ARRUDA, FÁBIO VICTOR, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)

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