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Pivôs de polêmica se reencontram
DA REPORTAGEM LOCAL
Muito da atenção voltada ao que Grêmio e Cruzeiro farão hoje passará
pelo entorno do jogo. Principalmente pelo reencontro de dois atletas.
O volante Elicarlos, do
time mineiro, e o atacante
Maxi López, da equipe
gaúcha, roubaram a cena
na partida de ida, quando o
cruzeirense acusou o jogador gremista de tê-lo chamado de "macaco".
A denúncia de racismo
foi parar na delegacia. A
Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito
um dia após o jogo para investigar o caso. No Brasil,
racismo é crime inafiançável e imprescritível.
Nascido na Argentina, o
gremista negou a acusação. "Sou contra qualquer
ato de racismo. Em um jogo de futebol, dentro de
campo, nessas situações,
acabamos falando um
monte de coisas sem pensar. Acho que isso foi formulado pelo Cruzeiro",
disse Maxi López.
Por outro lado, Elicarlos
disse que não teria como
perdoar o argentino neste
momento. "Meus familiares não gostaram do que
ele falou", disse volante.
Com medo de que o episódio pudesse acirrar os
ânimos dos torcedores
que irão hoje ao estádio
Olímpico, as diretorias dos
dois clubes se mexeram.
O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella afirmou
que não aceitaria "clima
de guerra" para o duelo da
volta. A diretoria gremista
respondeu, garantindo a
segurança para a partida.
Ontem, a delegação mineira não encontrou problemas em sua chegada a
Porto Alegre. Cerca de 46
mil torcedores são aguardados no Olímpico.
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