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FUTEBOL
Cabeça-de-chave do Grupo F, seleção estréia no Mundial em Berlim e, pela lógica, só pega os anfitriões na decisão
Alemanha arma tabela para evitar Brasil
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT
Não marque nada para o próximo Dia dos Namorados. A não
ser que reviravoltas inesperadas e
improváveis ocorram, o Brasil estreará na Copa do Mundo da Alemanha em 12 de junho de 2006,
uma segunda-feira, às 16h (de
Brasília), no maior estádio do torneio, o Olímpico, em Berlim.
O Comitê Organizador já solicitou à Fifa que a seleção brasileira
seja a cabeça-de-chave do Grupo
F. A Alemanha, dona da casa, encabeçará o A. A intenção dos alemães é clara: assumido que sejam
as primeiras colocadas de seus
grupos, as equipes se cruzariam
só na decisão, em reedição do jogo de Yokohama, três anos atrás.
Na visão dos organizadores,
Alemanha x Brasil seria a final dos
sonhos de qualquer torneio de futebol. E, de quebra, abriria a possibilidade de uma revanche.
O Brasil só não entrará em campo no dia 12 de junho sob duas hipóteses difíceis de acontecerem.
A primeira, óbvia, se, pela primeira vez na história, não se classificar para a competição. Atual
vice das eliminatórias sul-americanas, a seleção pode garantir vaga já no próximo jogo, diante do
Chile, no dia 3 de setembro. Mesmo que fracasse, terá mais duas
rodadas, além da repescagem.
A segunda, caso o Comitê Organizador da Fifa, comandado por
Lennart Johansson, negue o pedido. A decisão oficial sairá pouco
antes do sorteio dos grupos, em 9
de dezembro, em Leipzig.
""O Brasil será o time F1 [o primeiro do Grupo F] e vai estrear no
dia 12 de junho, em Berlim, com
uma grande festa. É com isso que
estamos trabalhando no momento e acho que dificilmente a Fifa
negará esse pedido", declarou à
Folha Wolfgang Niersbach, vice-presidente do Comitê Organizador da Copa, em Frankfurt.
Segundo Niersbach, o posicionamento do Brasil como cabeça-de-chave do Grupo F é até uma
questão de direito adquirido.
""Por ser o país que mais Copas
conquistou, por ser o atual campeão e ser a única seleção a disputar todos os Mundiais, o Brasil
tem esse direito de só enfrentar a
dona da casa na final. É claro, se os
dois times chegarem até lá."
Por si só, estrear no Olímpico de
Berlim é privilégio. O mítico estádio foi construído para os Jogos-36 e abrigou três partidas na Copa-74. Pelo caráter itinerante da
Copa (cada time atua em três cidades diferentes na fase inicial), a
seleção fará o segundo jogo no dia
18, domingo, às 10h (de Brasília),
em Munique. O terceiro e último
jogo da primeira fase será no dia
22, quarta, às 16h, em Dortmund.
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