São Paulo, segunda-feira, 02 de agosto de 2010

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JUCA KFOURI

Um empate conveniente


O 100º empate no dérbi, o 40º no Pacaembu, deixou todos bem para seguir no Brasileirão

ENTRE MORTOS e feridos, salvaram-se todos.
Bem que o empate já pintava antes de o Dérbi começar, o 100º na história, o 40º no Pacaembu que recebeu só 25 mil torcedores -porque o mais sensato tem medo e o desinformado ainda não foi avisado, pelo futebol e pelo governo, de que há novas leis para protegê-lo da violência.
Não ficou mal para o Felipão, que viu seu time ser completamente dominado até o Corinthians fazer 1 a 0 , no gol ligeiramente impedido de Jorge Henrique, que compensou o pênalti não marcado de Armero, com o antebraço na bola, mas que reagiu e dominou o rival até empatar e merecer um pouco mais ao fim do clássico.
Sim, a arbitragem deixou de dar um impedimento difícil de ser marcado no gol alvinegro e foi perfeita no gol alviverde, de Edinho, num lance em que normalmente se erra ao anular o gol. Para Adilson Batista também foi um resultado conveniente, porque marcou uma estreia sem traumas, apesar da perda da liderança para o Fluminense.
Quem temia Bruno César viu Kleber jogar uma barbaridade, numa daquelas tardes em que ele resolve só jogar futebol e ser útil, muitíssimo, ao time. Se Felipão controlar seu temperamento destrambelhado, eis aí um senhor reforço. E quem apostava em Bruno César se decepcionou, apesar de ele ter participado com brilho do gol corintiano. Nada mais natural na vida de um ainda menino diante do tamanho da responsabilidade, algo que Adilson sabe bem.
O Dérbi foi animado, um pouco faltoso demais, principalmente da parte alvinegra, cuja defesa inteira foi amarelada. Mas, se existem lojas de conveniência, existem também empates. Foi o caso.

FIO DE ESPERANÇA
Tem razão Rogério Ceni ao dizer que, se o São Paulo não tiver como ganhar de quem quer que seja, no Morumbi, e por apenas 1 a 0 para sobreviver (sim, viriam os pênaltis), melhor será ir para casa.
E se o tricolor não brilhou na vitória contra o Ceará, conseguiu, ao menos, marcar duas vezes na melhor defesa do Brasileirão, um alento para o jogo desta quinta, contra o Inter, pela Libertadores.
Sim, é também uma preocupação ter levado um gol do pior ataque do campeonato, mas, mais que tudo, a bela presença de Ricardo Oliveira, e por 75 minutos, é o que deve alimentar a esperança são- -paulina de chegar a mais uma decisão de Libertadores, a sétima, tricampeão (1992/93/2005) e trivice-campeão (1974/94/2006) que é o São Paulo.

blogdojuca@uol.com.br


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