São Paulo, Segunda-feira, 02 de Agosto de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vôlei masculino joga pelo ouro para quebrar jejum de 16 anos

dos enviados a Winnipeg

A seleção brasileira masculina de vôlei tenta hoje quebrar um jejum de 16 anos sem medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos. Às 19h, contra Cuba, os brasileiros buscam repetir o feito do Pan de Caracas, na Venezuela, em 1983, conseguido pela equipe que conquistaria a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, no ano seguinte.
A exemplo do feminino, o Pan deste ano no masculino também pode ser definido como uma competição de um jogo só. Desde o início, brasileiros e cubanos eram apontados como favoritos destacados.
Os argentinos e norte-americanos, que poderiam ter alguma chance, não levaram vários de seus melhores jogadores à competição. Os EUA nem chegaram às semifinais.
A facilidade como as duas equipes venceram as semifinais (Cuba bateu a Argentina por 3 a 1, e o Brasil superou o Canadá em três sets) evidenciam a diferença. Três dos sets disputados nesses jogos foram vencidos por diferença de nove pontos e dois por vantagem de três.
As duas exceções, uma em cada jogo, foram provocadas pela desconcentração dos jogadores do time que atuou melhor. ""O jogo estava fácil demais e nos desligamos", admitiu Douglas no final do jogo contra os canadenses.
No segundo set, que o Brasil venceu por 27 a 25, 7 dos 11 primeiros pontos canadenses foram provocados por saques errados (cinco) e toques na rede (dois) dos brasileiros'
Mas hoje será diferente.
""No primeiro set contra a Argentina, meu líbero não executou sua função tática e perdemos. Mas sabíamos que iríamos ganhar. Mas o jogo contra o Brasil é um clássico. Não tem favorito. O equilíbrio emocional será fundamental", afirmou o técnico cubano, Juan Díaz.
""Este jogo é um clássico. Temos nos enfrentado sempre. Na primeira fase (vitória da seleção brasileira por 3 a 2), os times ainda estavam um pouco fora de ritmo, pois tinha acabado de chegar da Liga Mundial. A final será muito melhor", completa Radamés Lattari, o técnico brasileiro.
Lattari afirma que a derrota na semifinal da Liga Mundial (o Brasil havia sido a melhor equipe até cair diante dos cubanos) marcou a equipe. ""Naquele jogo, o Nalbert não pôde jogar. Agora vai ser diferente."
Como Bernardinho, técnico da equipe feminina, Lattari vai orientar sua equipe a sacar sempre em cima de um jogador que estiver na rede, para reduzir o poder de ataque da equipe adversária.
""Mas, para ganhar, vamos ter que melhorar no saque e no bloqueio."
Apesar da fama conquistada pela medalhas olímpicas em Los Angeles e Barcelona (1992, ouro), os brasileiros têm nos Jogos Pan-Americanos um desempenho que não faz jus à condição de melhor equipe do continente. Em 12 edição, conquistou três vitórias, a última delas em 1983, na Venezuela.
Mas os fracassos brasileiros têm algumas razões. Em 1995, por exemplo, A Confederação Brasileira de Vôlei enviou um time reserva ao Pan de Mar del Plata (Argentina). (EA e MD)


Texto Anterior: "Estrelas" sobrevivem a mudanças
Próximo Texto: Nalbert vai à quadra superando dores
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.