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Vôlei masculino joga pelo ouro para quebrar jejum de 16 anos
dos enviados a Winnipeg
A seleção brasileira masculina
de vôlei tenta hoje quebrar um jejum de 16 anos sem medalhas de
ouro em Jogos Pan-Americanos.
Às 19h, contra Cuba, os brasileiros buscam repetir o feito do Pan
de Caracas, na Venezuela, em
1983, conseguido pela equipe que
conquistaria a medalha de prata
nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, no ano seguinte.
A exemplo do feminino, o Pan
deste ano no masculino também
pode ser definido como uma
competição de um jogo só. Desde
o início, brasileiros e cubanos
eram apontados como favoritos
destacados.
Os argentinos e norte-americanos, que poderiam ter alguma
chance, não levaram vários de
seus melhores jogadores à competição. Os EUA nem chegaram
às semifinais.
A facilidade como as duas equipes venceram as semifinais (Cuba
bateu a Argentina por 3 a 1, e o
Brasil superou o Canadá em três
sets) evidenciam a diferença. Três
dos sets disputados nesses jogos
foram vencidos por diferença de
nove pontos e dois por vantagem
de três.
As duas exceções, uma em cada
jogo, foram provocadas pela desconcentração dos jogadores do time que atuou melhor. ""O jogo estava fácil demais e nos desligamos", admitiu Douglas no final
do jogo contra os canadenses.
No segundo set, que o Brasil
venceu por 27 a 25, 7 dos 11 primeiros pontos canadenses foram
provocados por saques errados
(cinco) e toques na rede (dois)
dos brasileiros'
Mas hoje será diferente.
""No primeiro set contra a Argentina, meu líbero não executou
sua função tática e perdemos.
Mas sabíamos que iríamos ganhar. Mas o jogo contra o Brasil é
um clássico. Não tem favorito. O
equilíbrio emocional será fundamental", afirmou o técnico cubano, Juan Díaz.
""Este jogo é um clássico. Temos
nos enfrentado sempre. Na primeira fase (vitória da seleção brasileira por 3 a 2), os times ainda
estavam um pouco fora de ritmo,
pois tinha acabado de chegar da
Liga Mundial. A final será muito
melhor", completa Radamés Lattari, o técnico brasileiro.
Lattari afirma que a derrota na
semifinal da Liga Mundial (o Brasil havia sido a melhor equipe até
cair diante dos cubanos) marcou
a equipe. ""Naquele jogo, o Nalbert não pôde jogar. Agora vai ser
diferente."
Como Bernardinho, técnico da
equipe feminina, Lattari vai
orientar sua equipe a sacar sempre em cima de um jogador que
estiver na rede, para reduzir o poder de ataque da equipe adversária.
""Mas, para ganhar, vamos ter
que melhorar no saque e no bloqueio."
Apesar da fama conquistada pela medalhas olímpicas em Los
Angeles e Barcelona (1992, ouro),
os brasileiros têm nos Jogos Pan-Americanos um desempenho que
não faz jus à condição de melhor
equipe do continente. Em 12 edição, conquistou três vitórias, a última delas em 1983, na Venezuela.
Mas os fracassos brasileiros têm
algumas razões. Em 1995, por
exemplo, A Confederação Brasileira de Vôlei enviou um time reserva ao Pan de Mar del Plata (Argentina).
(EA e MD)
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