São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI

Em festa com Hino Nacional cantado em coro, seleção tem recepção digna de futebol e desfila para cerca de 50 mil no Rio

Campeões olímpicos têm dia de boleiros

Michel Filho/Agência O Globo
O ponta Giovane estoura champanhe durante desfile da seleção


PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Numa comoção que lembrou as festas para a seleção de futebol, uma multidão lotou as ruas do Rio de Janeiro ontem para receber os campeões olímpicos de vôlei.
O time desembarcou no aeroporto do Galeão (zona norte) e desfilou em carreata pela cidade. Segundo o Corpo de Bombeiros, 50 mil pessoas acompanharam o desfile até o Leblon (zona sul).
Num dos pontos altos, quando o desfile passou pela Cinelândia (Centro), cerca de 3.000 pessoas cantaram juntas o Hino Nacional.
Ainda no avião, o capitão Nalbert, 30, imitou Romário na conquista do tetra e colocou a cabeça para fora da aeronave, acenando com uma bandeira brasileira da cabine do piloto. Dos 12 atletas da seleção, só Giba, 27, não viajou com o grupo. Ele chegou anteontem e foi direto para Curitiba para ver a filha Nicoll, recém-nascida.
A festa começou cedo e teve chuva de papel picado e bandeiras do Brasil espalhadas pela cidade -muitas delas distribuídas pela Confederação Brasileira de Vôlei.
O desembarque, previsto para as 7h, atrasou, e os atletas só apareceram no saguão do aeroporto às 8h20. Lá, foram saudados por 500 pessoas e recebidos com o refrão "sou brasileiro com muito orgulho e muito amor". O mais assediado foi o levantador Ricardinho. A recepção contou ainda com a bateria da escola de samba Arranco do Engenho de Dentro.
Ainda no aeroporto, atletas e comissão técnica concederam entrevista coletiva. Em seguida, partiram, divididos em dois carros do Corpo de Bombeiros, em carreata, que saiu da Ilha do Governador (zona norte), passou pela avenida Brasil, Centro, Flamengo, Botafogo e Copacabana, Ipanema e Leblon (zona sul). O percurso durou cerca de quatro horas.
O maior número de pessoas se concentrou no Centro. Muitos se amontoaram nas calçadas das principais avenidas da região para ver os atletas. Além da Cinelândia, outro ponto de grande concentração foi em frente à sede da CBV, na avenida Presidente Vargas.
Nalbert, que se despediu da seleção, era um dos mais emocionados: "Não ganhamos a medalha nos 15 dias em Atenas, mas em quatro anos de preparação". "Vou chorar e sofrer. A seleção é minha vida. Mas já decidi", disse Maurício, também de saída.
Após a festa carioca, o time se dispersou pelo Brasil, e alguns atletas também receberam homenagens em suas cidades.


Texto Anterior: Basquete: Kobe Bryant fica livre de acusação de estupro
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.