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América cai no Mundial, e situação do Brasil piora
Seleção terá que duelar com EUA e Argentina por vagas olímpicas continentais
Se não se classificar para Pequim-08 no Pré-Olímpico da Venezuela, brasileiros ainda terão chance de jogar um classificatório mundial
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A eliminação de Argentina e
EUA nas semifinais do Mundial
masculino, ontem, em Saitama
(JAP), colocou o basquete brasileiro ainda mais na berlinda.
O Brasil torcia para que alguma das potências americanas
ganhasse o título, já que o campeão mundial tem lugar garantido nos Jogos de Pequim-08.
Nesse caso, teria um concorrente a menos na busca das
duas vagas continentais que serão distribuídas no Pré-Olímpico da Venezuela, em 2007.
Não foi o que ocorreu. Com
os países americanos fora, Espanha e Grécia irão disputar a
final, amanhã de manhã.
"Não demos sorte. Nossa Senhora", lamentou o técnico Lula Ferreira em conversa telefônica com o presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Gerasime Bozikis, o Grego.
Caso não consiga a vaga no
Pré-Olímpico da América, o
Brasil terá mais uma chance.
Terceiro, quarto e quinto colocados na competição continental se classificam para o
Pré-Olímpico Mundial, ainda
sem local definido, que será de
7 a 13 de julho de 2008, às vésperas dos Jogos de Pequim.
O problema é que esse classificatório promete ser tão duro
quanto o continental. Nele, 12
times -três da América, quatro
da Europa, dois da Ásia, dois da
África e um da Oceania- irão
se digladiar pelas últimas três
vagas na Olimpíada chinesa.
"Não podemos jogar na Venezuela pensando que ainda temos outra oportunidade de
classificação. Precisamos brigar pela vaga no Pré-Olímpico
da América", comentou Lula.
Apesar do discurso, o treinador não descarta amistosos
preparatórios contra seleções
européias, rivais mais temidas
no Pré-Olímpico Mundial.
"Nosso intercâmbio com a
Europa é menor, e temos que
testar a equipe contra outro estilo de jogo", analisou o treinador, cuja equipe perdeu todas
as cinco partidas que disputou
contra europeus neste ano.
A tarefa de recolocar a seleção brasileira em boa posição
não será fácil. Bicampeão mundial (1959 e 1963), o Brasil vem
de um vexatório 19º lugar no
Mundial do Japão, sua pior participação na história do evento.
Em Mundiais, o país não consegue subir ao pódio há 28
anos. Nas Olimpíadas, a situação é ainda pior. A equipe masculina, ausente nas duas últimas edições, não conquista
uma medalha desde 1960.
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