São Paulo, sábado, 02 de setembro de 2006

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América cai no Mundial, e situação do Brasil piora

Seleção terá que duelar com EUA e Argentina por vagas olímpicas continentais

Se não se classificar para Pequim-08 no Pré-Olímpico da Venezuela, brasileiros ainda terão chance de jogar um classificatório mundial


ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A eliminação de Argentina e EUA nas semifinais do Mundial masculino, ontem, em Saitama (JAP), colocou o basquete brasileiro ainda mais na berlinda.
O Brasil torcia para que alguma das potências americanas ganhasse o título, já que o campeão mundial tem lugar garantido nos Jogos de Pequim-08.
Nesse caso, teria um concorrente a menos na busca das duas vagas continentais que serão distribuídas no Pré-Olímpico da Venezuela, em 2007.
Não foi o que ocorreu. Com os países americanos fora, Espanha e Grécia irão disputar a final, amanhã de manhã.
"Não demos sorte. Nossa Senhora", lamentou o técnico Lula Ferreira em conversa telefônica com o presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Gerasime Bozikis, o Grego.
Caso não consiga a vaga no Pré-Olímpico da América, o Brasil terá mais uma chance.
Terceiro, quarto e quinto colocados na competição continental se classificam para o Pré-Olímpico Mundial, ainda sem local definido, que será de 7 a 13 de julho de 2008, às vésperas dos Jogos de Pequim.
O problema é que esse classificatório promete ser tão duro quanto o continental. Nele, 12 times -três da América, quatro da Europa, dois da Ásia, dois da África e um da Oceania- irão se digladiar pelas últimas três vagas na Olimpíada chinesa.
"Não podemos jogar na Venezuela pensando que ainda temos outra oportunidade de classificação. Precisamos brigar pela vaga no Pré-Olímpico da América", comentou Lula.
Apesar do discurso, o treinador não descarta amistosos preparatórios contra seleções européias, rivais mais temidas no Pré-Olímpico Mundial.
"Nosso intercâmbio com a Europa é menor, e temos que testar a equipe contra outro estilo de jogo", analisou o treinador, cuja equipe perdeu todas as cinco partidas que disputou contra europeus neste ano.
A tarefa de recolocar a seleção brasileira em boa posição não será fácil. Bicampeão mundial (1959 e 1963), o Brasil vem de um vexatório 19º lugar no Mundial do Japão, sua pior participação na história do evento.
Em Mundiais, o país não consegue subir ao pódio há 28 anos. Nas Olimpíadas, a situação é ainda pior. A equipe masculina, ausente nas duas últimas edições, não conquista uma medalha desde 1960.


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