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Brasil vive reprise em derrota
De novo, seleção sofre pane no 2º tempo, vê Argentina virar o marcador e garantir vaga olímpica
Seleção perde pivô Nenê, machucado, logo no início, e vê Leandrinho, carregado de faltas, ficar boa parte do 2º tempo no banco de reservas
DA ENVIADA A LAS VEGAS
A derrota de ontem da seleção masculina de basquete para
a Argentina foi quase uma reprise do confronto que havia
ocorrido na segunda fase do
Pré-Olímpico, na quarta-feira.
Diante de um Thomas &
Mack Center, em Las Vegas,
praticamente vazio, a seleção
também comandou as ações do
jogo no primeiro tempo, mas
não conseguiu conter a reação
do adversário no final.
"Acreditávamos na vitória e
tivemos o jogo em nossas
mãos", lamentou o pivô Tiago
Splitter, que atua na Espanha.
No início do confronto, o
Brasil dominava, graças ao bom
aproveitamento nos arremessos de três pontos -acerto de
63% no primeiro tempo.
Mas, logo no início do duelo,
a seleção sofreu baixa significativa, quando Nenê sentiu lesão
na panturrilha direita e não retornou mais à partida. Mesmo
sem ele, o Brasil venceu o primeiro tempo por 43 a 35.
O pivô do Denver foi o segundo jogador da NBA a desfalcar a
equipe durante o torneio por
causa de lesão. Anteriormente,
o ala Marquinhos, do New Orleans, deixara o elenco por causa de luxação na mão esquerda.
A Argentina virou no terceiro
quarto. Dois fatores foram fundamentais para isso: a pane defensiva da seleção e a saída de
Leandrinho, preservado pelo
técnico Lula no banco de reservas após o armador cometer em
Delfino sua terceira falta.
A Argentina só não alargou
ainda mais sua vantagem porque o pivô Luis Scola, que acertou contrato com o Houston,
teve um aproveitamento ruim
nos lances livres: 58,3%.
No último quarto, a Argentina sempre se manteve à frente,
em patamares seguros. O Brasil
só ameaçou no final do jogo,
mas a diferença nunca chegou a
ficar menor do que três pontos.
Na tentativa de brecar o cronômetro, nos segundos finais, a
seleção cometeu seguidas faltas. Em uma delas, o ala-armador Alex teve que deixar a quadra após sua quinta infração.
Com a chance de pontuar em
lances livres, a diferença só aumentou em favor dos argentinos. O banco rival já comemorava o triunfo mesmo antes do
final da partida, com reservas e
comissão técnica se abraçando.
Não era para menos: a Argentina não contou no Pré-Olímpico com a base da equipe campeã olímpica em 2004 -Pepe Sánchez, Ginóbili, Nocioni,
Wolkowyski e Oberto.
"Foi duro para nós. Enfrentamos muitas dificuldades, mas
felizmente cumprimos nosso
objetivo", disse Sergio Hernández, técnico da Argentina.
"Não precisaremos jogar a
repescagem maldita e poderemos descansar a partir de agora. Mas primeiro temos que jogar a final", acrescentou o treinador, ironizando o calvário
que terá que ser percorrido pela seleção brasileira no Pré-Olímpico Mundial, no ano que
vem.
(DENYSE GODOY)
BRASIL (80) - Valtinho (6), Leandrinho (16),
Marcelinho Machado (8), Nenê (2), Tiago Splitter (15); Guilherme (8), Marcelinho Huertas (2),
Alex (16), João Paulo (0), Murilo (7);
ARGENTINA (91) - Prigioni (14), Delfino (13),
Sandes (6), González (9), Scola (27); Quinteros
(10), Kammerichs (5), Porta (3), Leonardo Gutierrez (2), Lo Grippo (2)
NA TV - EUA x Argentina
Bandsports, ESPN Brasil e TV Esporte Interativo, ao vivo, às 20h
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