São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2007

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Brasil vive reprise em derrota

De novo, seleção sofre pane no 2º tempo, vê Argentina virar o marcador e garantir vaga olímpica

Seleção perde pivô Nenê, machucado, logo no início, e vê Leandrinho, carregado de faltas, ficar boa parte do 2º tempo no banco de reservas

DA ENVIADA A LAS VEGAS

A derrota de ontem da seleção masculina de basquete para a Argentina foi quase uma reprise do confronto que havia ocorrido na segunda fase do Pré-Olímpico, na quarta-feira.
Diante de um Thomas & Mack Center, em Las Vegas, praticamente vazio, a seleção também comandou as ações do jogo no primeiro tempo, mas não conseguiu conter a reação do adversário no final.
"Acreditávamos na vitória e tivemos o jogo em nossas mãos", lamentou o pivô Tiago Splitter, que atua na Espanha.
No início do confronto, o Brasil dominava, graças ao bom aproveitamento nos arremessos de três pontos -acerto de 63% no primeiro tempo.
Mas, logo no início do duelo, a seleção sofreu baixa significativa, quando Nenê sentiu lesão na panturrilha direita e não retornou mais à partida. Mesmo sem ele, o Brasil venceu o primeiro tempo por 43 a 35.
O pivô do Denver foi o segundo jogador da NBA a desfalcar a equipe durante o torneio por causa de lesão. Anteriormente, o ala Marquinhos, do New Orleans, deixara o elenco por causa de luxação na mão esquerda.
A Argentina virou no terceiro quarto. Dois fatores foram fundamentais para isso: a pane defensiva da seleção e a saída de Leandrinho, preservado pelo técnico Lula no banco de reservas após o armador cometer em Delfino sua terceira falta.
A Argentina só não alargou ainda mais sua vantagem porque o pivô Luis Scola, que acertou contrato com o Houston, teve um aproveitamento ruim nos lances livres: 58,3%.
No último quarto, a Argentina sempre se manteve à frente, em patamares seguros. O Brasil só ameaçou no final do jogo, mas a diferença nunca chegou a ficar menor do que três pontos.
Na tentativa de brecar o cronômetro, nos segundos finais, a seleção cometeu seguidas faltas. Em uma delas, o ala-armador Alex teve que deixar a quadra após sua quinta infração.
Com a chance de pontuar em lances livres, a diferença só aumentou em favor dos argentinos. O banco rival já comemorava o triunfo mesmo antes do final da partida, com reservas e comissão técnica se abraçando.
Não era para menos: a Argentina não contou no Pré-Olímpico com a base da equipe campeã olímpica em 2004 -Pepe Sánchez, Ginóbili, Nocioni, Wolkowyski e Oberto.
"Foi duro para nós. Enfrentamos muitas dificuldades, mas felizmente cumprimos nosso objetivo", disse Sergio Hernández, técnico da Argentina.
"Não precisaremos jogar a repescagem maldita e poderemos descansar a partir de agora. Mas primeiro temos que jogar a final", acrescentou o treinador, ironizando o calvário que terá que ser percorrido pela seleção brasileira no Pré-Olímpico Mundial, no ano que vem. (DENYSE GODOY)


BRASIL (80) - Valtinho (6), Leandrinho (16), Marcelinho Machado (8), Nenê (2), Tiago Splitter (15); Guilherme (8), Marcelinho Huertas (2), Alex (16), João Paulo (0), Murilo (7);
ARGENTINA (91) - Prigioni (14), Delfino (13), Sandes (6), González (9), Scola (27); Quinteros (10), Kammerichs (5), Porta (3), Leonardo Gutierrez (2), Lo Grippo (2)



NA TV - EUA x Argentina
Bandsports, ESPN Brasil e TV Esporte Interativo, ao vivo, às 20h



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