São Paulo, quarta-feira, 02 de setembro de 2009

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Tenista fica 5 horas na alfândega e paga taxa

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem ser reconhecido pelo funcionário da Receita Federal na alfândega do aeroporto de Cumbica, o tenista Ricardo Mello, que retornou ao Brasil ontem depois de ser eliminado no Aberto dos EUA, lançou mão da internet para tentar escapar da taxa de importação.
Mello trazia na bagagem, entre outras coisas, dez raquetes de tênis da francesa Babolat, sua patrocinadora. Segundo ele, pagou R$ 2.260 de taxa.
""[O agente] veio me dizer que a imprensa toda estava ligando e que, se ele visse algum dia meu jogo na televisão, iria torcer contra mim", falou Mello.
O tenista comparou com outro episódio, no qual foi liberado do pagamento. ""Daquela vez, após duas horas e meia, eles acabaram me liberando, pois o agente me disse que iria ajudar o esporte brasileiro."
A Receita Federal explicou que é norma que tudo o que supere o valor de US$ 500 (cerca de R$ 930) tenha uma taxação de 50% sobre o seu valor. O órgão explicou que atletas não estão isentos do pagamento.
A assessoria de imprensa da Receita citou como exemplo o episódio do ""voo da muamba" que envolveu a seleção brasileira que ganhou a Copa de 1994, nos EUA. E acrescentou que, se houvesse suspeita de que as raquetes tinham como destino fins comerciais, teriam sido apreendidas pelo funcionário.
Mello permaneceu durante cinco horas, entre as 7h30 e as 12h30, na alfândega do aeroporto tentando convencer o fiscal de que as raquetes são instrumentos de trabalho. Há portaria que facilita importação de material esportivo por atletas, mas não se aplica a esse caso.



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