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Tenista fica 5 horas na alfândega e paga taxa
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem ser reconhecido pelo
funcionário da Receita Federal
na alfândega do aeroporto de
Cumbica, o tenista Ricardo
Mello, que retornou ao Brasil
ontem depois de ser eliminado
no Aberto dos EUA, lançou
mão da internet para tentar escapar da taxa de importação.
Mello trazia na bagagem, entre outras coisas, dez raquetes
de tênis da francesa Babolat,
sua patrocinadora. Segundo
ele, pagou R$ 2.260 de taxa.
""[O agente] veio me dizer que
a imprensa toda estava ligando
e que, se ele visse algum dia
meu jogo na televisão, iria torcer contra mim", falou Mello.
O tenista comparou com outro episódio, no qual foi liberado do pagamento. ""Daquela
vez, após duas horas e meia,
eles acabaram me liberando,
pois o agente me disse que iria
ajudar o esporte brasileiro."
A Receita Federal explicou
que é norma que tudo o que supere o valor de US$ 500 (cerca
de R$ 930) tenha uma taxação
de 50% sobre o seu valor. O órgão explicou que atletas não estão isentos do pagamento.
A assessoria de imprensa da
Receita citou como exemplo o
episódio do ""voo da muamba"
que envolveu a seleção brasileira que ganhou a Copa de 1994,
nos EUA. E acrescentou que, se
houvesse suspeita de que as raquetes tinham como destino
fins comerciais, teriam sido
apreendidas pelo funcionário.
Mello permaneceu durante
cinco horas, entre as 7h30 e as
12h30, na alfândega do aeroporto tentando convencer o fiscal de que as raquetes são instrumentos de trabalho. Há portaria que facilita importação de
material esportivo por atletas,
mas não se aplica a esse caso.
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