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STOP & GO
Stewart
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Stewart não só fez a comparação. Ainda classificou uma vitória como construtor de algo superior a qualquer tipo de conquista que tenha obtido quando
piloto -os três títulos inclusos.
Talvez levado pela emoção,
deixou transparecer que a venda da equipe, antes de um bom
negócio, foi um profundo golpe.
Que aquele inesquecível instante de Nurburgring nunca
mais na história se repetirá. E
que de tão único, aconteceu apenas depois de a Stewart se tornar
Jaguar. E do branco com os detalhes do tartan, se tornar verde
-verde, aliás, não da marca de
luxo da Ford, mas de todos os
carros ingleses de competição à
época em que as cores identificavam os países dos construtores.
(Segundo consta, Napier, uma
companhia que fabricava carros
de corrida, no início do século,
na Grã-Bretanha, aproveitou latas de tinta verde que sobraram
da pintura da fábrica, dando
origem à tradição.)
Stewart, na verdade, não chegaria tão longe se não fosse pela
Ford. O time nasceu na contramão da história e por vezes me
pergunto se tudo não passou de
um balão de ensaio da própria
Ford, uma experiência, para
avaliar os riscos e possíveis lucros de se operar um time.
A Stewart pelo menos resta o
consolo de os anais da F-1 já
mencionarem, que seja uma
única vez, que um carro com seu
nome ganhou um GP, algo que
poucos conseguiram. Dennis,
por exemplo, nunca terá isso.
Sobre Dennis, dizem que, junto com Mansur Ojeh, vendeu a
TAG. E que, com o montante obtido, mais a fábula que a Mercedes está pagando até o fim do
ano por 40% da McLaren, a dupla já considera fazer uma oferta por parte da F-1, leia-se o bolo
que Ecclestone está tentando
lançar nas bolsas de valores.
Como se vê, Dennis nunca verá um carro vitorioso com seu
nome. Por outro lado, nunca
deixará de ser cacique.
E a F-1 romântica de figura
simpáticas como Stewart se existiu um dia, não existe mais.
NOTAS
Barrichello
O único do time a destoar no
dramático GP da Europa parece ter sido o brasileiro. Parecia
presumir que a primeira vitória
da Stewart deveria ser sua. Mas
só o piloto mais azarado de todos da F-1, Herbert, poderia fazer isso de forma tão emotiva.
E, sorte por sorte, Barrichello
teve muita quando conseguiu
aquele segundo lugar em 97.
Japoneses
É evidente que a Jordan está
"segurando" o motor Honda.
Que o diga Frentzen. Para Suzuka, os japoneses já preparam
uma unidade que deve superar
os 800 cavalos. Do jeito que vão
as coisas para McLaren e Ferrari, não custa sonhar.
Irvine
Quando soube nesta semana
que Schumacher não vai voltar,
Irvine tratou de diminuir, ele
mesmo, sua cotação nas casas
de apostas. O episódio dos
pneus em Nurburgring foi emblemático.
E-mail mariante@uol.com.br
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