São Paulo, segunda-feira, 02 de outubro de 2000

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Dirigente vê falta de dinheiro

DOS ENVIADOS A SYDNEY

Ao assumir o COB, em 1995, Carlos Arthur Nuzman calculou que precisaria de oito anos para transformar o Brasil numa potência olímpica.
Ontem, cinco anos depois, o dirigente adiou em pelo menos outros cinco anos o seu projeto.
"No momento em que os recursos vierem, os resultados vão levar de oito a 12 anos para aparecer", declarou o dirigente, ao reclamar da falta de investimentos no esporte, tema que dominou o balanço que fez da participação brasileira nos Jogos.
O COB teve R$ 23,6 milhões para Sydney-2000, entre verba pública (R$ 10,5 milhões), repasse do Poupa Ganha (R$ 7 milhões), patrocínio (R$ 5,4 milhões) e auxílio do Socog (R$ 680 mil).
Parte desse dinheiro não chegou ainda ao COB, segundo Nuzman: R$ 1,5 milhão do Poupa Ganha e R$ 3,9 milhões do governo. Esse último valor, somado a R$ 314 mil não utilizados (R$ 4,2 milhão), o COB tentará reter.
"Vamos fazer um pedido especial ao ministério (do Esporte) para que esse dinheiro retorne ao COB, para que seja aplicado nas confederações desde já."
Embora Nuzman tenha visto uma evolução no desempenho brasileiro, ele admitiu que agora a dificuldade em obter patrocínios para o esporte será maior.
"Se depois de 15 medalhas em Atlanta a gente não conseguiu muita coisa, o desafio agora vai ser maior e mais prazeroso."
O dirigente disse que a partir de novembro o COB vai pensar num projeto para Atenas-2004 e que combinou durante os Jogos convênios de cooperação e intercâmbio esportivo com EUA, Cuba e Ucrânia, além de ter recebido da federação internacional de ciclismo a promessa de construção no Brasil de um centro de desenvolvimento do esporte. (FV e RD)


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