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Dirigente vê falta de dinheiro
DOS ENVIADOS A SYDNEY
Ao assumir o COB, em 1995,
Carlos Arthur Nuzman calculou
que precisaria de oito anos para
transformar o Brasil numa potência olímpica.
Ontem, cinco anos depois, o dirigente adiou em pelo menos outros cinco anos o seu projeto.
"No momento em que os recursos vierem, os resultados vão levar de oito a 12 anos para aparecer", declarou o dirigente, ao reclamar da falta de investimentos
no esporte, tema que dominou o
balanço que fez da participação
brasileira nos Jogos.
O COB teve R$ 23,6 milhões para Sydney-2000, entre verba pública (R$ 10,5 milhões), repasse do
Poupa Ganha (R$ 7 milhões), patrocínio (R$ 5,4 milhões) e auxílio
do Socog (R$ 680 mil).
Parte desse dinheiro não chegou ainda ao COB, segundo Nuzman: R$ 1,5 milhão do Poupa Ganha e R$ 3,9 milhões do governo.
Esse último valor, somado a R$
314 mil não utilizados (R$ 4,2 milhão), o COB tentará reter.
"Vamos fazer um pedido especial ao ministério (do Esporte) para que esse dinheiro retorne ao
COB, para que seja aplicado nas
confederações desde já."
Embora Nuzman tenha visto
uma evolução no desempenho
brasileiro, ele admitiu que agora a
dificuldade em obter patrocínios
para o esporte será maior.
"Se depois de 15 medalhas em
Atlanta a gente não conseguiu
muita coisa, o desafio agora vai
ser maior e mais prazeroso."
O dirigente disse que a partir de
novembro o COB vai pensar num
projeto para Atenas-2004 e que
combinou durante os Jogos convênios de cooperação e intercâmbio esportivo com EUA, Cuba e
Ucrânia, além de ter recebido da
federação internacional de ciclismo a promessa de construção no
Brasil de um centro de desenvolvimento do esporte.
(FV e RD)
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