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BASQUETE
Equipe dos EUA conquista o título, mas, pela 1ª vez desde que os profissionais foram aceitos em Jogos Olímpicos, correu o risco de sair derrotada
"Dream Team" 4 leva o ouro sem mostrar brilho do original
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY
O ""Dream Team" 4 garantiu o
ouro no torneio masculino de
basquete, mas novamente não
empolgou. Pelo menos não como
em 1992 e 1996, quando terminou
os Jogos em primeiro lugar sem
ter tido maiores problemas.
A decisão contra a França, é verdade, foi muito mais tranquila do
que a semifinal contra a Lituânia,
quando os norte-americanos venceram por dois pontos de diferença e correram risco de, pela primeira vez desde que a presença de
atletas profissionais dos EUA no
basquete foi permitida na Olimpíada, sair derrotados.
Na final, os norte-americanos
não correram riscos e acabaram
vencendo por 85 a 75 (46 a 32 no
primeiro tempo).
Após um certo equilíbrio nos
minutos iniciais, começaram a
deslanchar. Na metade do primeiro tempo, tinham o dobro de
pontos dos adversários -26 a 13.
Na etapa final, continuaram
controlando o jogo, preocupados
em administrar a vantagem. Em
duas ocasiões, no entanto, deixaram a França se aproximar do
placar, o que fez a torcida vibrar,
já que a maioria queria ver uma
derrota do ""Dream Team".
Quando faltavam dez minutos
para o final, a diferença chegou a
cair para oito pontos. Seis minutos mais tarde, foi para apenas
quatro pontos. Mas não passou
disso. Nos últimos instantes, os
EUA se recuperaram e venceram
por dez pontos de vantagem.
Em 1992, a vitória na final havia
sido por uma diferença de 32 pontos -117 a 85 contra a Croácia.
Em 1996, apesar de não ter chegado aos cem pontos, como agora,
ganhou com facilidade da Iugoslávia, por 95 a 69.
Em Barcelona-92, a seleção brasileira, que não conseguiu vaga
para Sydney, enfrentou os norte-americanos, que faziam mais de
cem pontos por jogo, e perdeu
por 127 a 83. A Lituânia, que foi
derrotada pelos EUA duas vezes
na Austrália -a primeira por nove pontos-, em 1992 tinha perdido por 51 -127 a 76.
Para os franceses, apesar de o
placar de ontem não ter sido dos
mais apertados, os norte-americanos ainda são de outro mundo.
""O investimento em basquete
nos Estados Unidos é muito
maior. Na França, começamos a
pisar no acelerador apenas nos
anos 90, não só no basquete, mas
também em outros esportes. O resultado demora um pouco a aparecer", disse Antoine Rigaudeau,
um dos destaques da França.
Ele também não poupou elogios para a Lituânia, que derrotou
a Austrália -89 a 71- e ficou
com o bronze, e para os próprios
anfitriões, quarto colocados.
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