São Paulo, sábado, 02 de novembro de 2002

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VÔLEI

Zebra em 2001, time ganha mais investimentos, reforços e tenta devolver a derrota para o Osasco na final do Paulista

Emergente, São Caetano almeja a elite

Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
Marcelle (dir.), que pega seu ex-clube pela primeira vez em uma final, treina com o São Caetano


MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Grande zebra do último Paulista, o União/São Caetano tenta, um ano depois, consolidar-se como uma das principais forças do vôlei feminino do país.
A equipe do ABC disputa hoje contra o BCN/Osasco, às 18h, em casa, o primeiro jogo da final do torneio, que, depois de assistir exatamente às mesmas semifinais, repete a decisão de 2001.
Contando com uma base juvenil e uma minguada folha de pagamento de apenas R$ 25 mil, o São Caetano chegou à final do Paulista em 2001 após 26 anos.
E, mesmo antes de obter o vice-campeonato, conseguiu um patrocínio para a temporada. Com um investimento milionário da União -o valor total não é divulgado pela empresa-, pôde reestruturar sua equipe de vôlei.
Além de contratar o ex-levantador da geração de prata, William Carvalho, para comandar o time, o São Caetano também se reforçou com jogadoras como a levantadora da seleção, Marcelle, a melhor do Mundial da Alemanha, realizado em setembro.
Com ela, chegaram do Osasco as pontas Patrícia Cocco e Renata. A primeira é uma das mais experientes do grupo e "homem de confiança" de William. A segunda, após despontar na Salompas Cup no início de 2001, ficou no banco do time paulista na maior parte das outras competições.
Apesar dos reforços, o treinador ainda enxerga um abismo entre sua equipe e o adversário de hoje, atual campeão paulista e que derrotou o São Caetano em duas finais neste ano -Jogos Abertos do Interior e Jogos Regionais.
"Acho que este BCN é ainda melhor do que o do ano passado. Teremos de jogar 100% e torcer para que eles não joguem assim. Se jogarem, vamos perder", disse.
O Osasco, que em 2001 contratou a ponta Virna, melhor atacante do país -ela está fora da final por causa de uma lesão-, reforçou-se neste ano com a levantadora Fernanda Venturini, a melhor da história do vôlei do país -estima-se que seu contrato seja de cerca de R$ 500 mil por ano, valor não confirmado pelo clube.
Para a fase decisiva do Paulista, o técnico José Roberto Guimarães contou com o retorno de três jogadoras da seleção brasileira -Arlene, Valeskinha e Paula-, que devem ser titulares hoje.
Para a ponta Paula, que sentiu dificuldade de adaptação após a chegada do Mundial, o time terá de ter cuidado com o "espírito kamikaze" do adversário.
"Se você pensar bem, a responsabilidade [de vencer] é nossa. Elas virão com tudo para cima. E, se o Zé [Roberto, técnico" não conseguir nos tirar de situações difíceis no jogo, teremos de nos superar ainda mais", disse.


NA TV - São Caetano x Osasco, Sportv, ao vivo, às 18h



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