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HANDEBOL
Badalada com o ouro do Pan, seleção estréia contra a Croácia apenas com o objetivo de ficar entre os 11 melhores
Brasileiras desafiam realidade no Mundial
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Campeã do Pan de Santo Domingo de forma invicta e arrasadora, a seleção feminina volta hoje à realidade, na estréia da equipe
brasileira no Mundial da Croácia.
A seleção enfrenta o time da casa em seu primeiro duelo em uma
competição na qual as ambições
estarão bem distantes do pódio.
"O objetivo é fazer uma campanha melhor do que a do último
Mundial, quando ficamos em 12º
lugar", diz o técnico Alexandre
Schneider, referindo-se à competição disputada na Itália, em 2001.
Ainda assim, o treinador considera a missão atual "complicada".
Apesar do objetivo modesto, o
handebol se tornou a modalidade
do momento no país -foi o primeiro esporte coletivo a garantir
vaga para os Jogos de Atenas-2004 no masculino e no feminino.
O sucesso fez com que Carlos
Arthur Nuzman, presidente do
Comitê Olímpico Brasileiro,
apontasse a modalidade como a
com maior potencial de crescimento no país. "Pode vir a ser o
novo vôlei", previu o dirigente.
Em junho, pouco antes do Pan,
a confederação brasileira obteve
da Petrobras seu primeiro patrocínio formal. Em dois anos de
contrato, a estatal investirá R$ 1,3
milhão nas seleções brasileiras. As
conquistas do ouro no masculino
e no feminino no Pan foram festejadas com intensa campanha publicitária da empresa na TV.
Com o incremento de recursos,
a CBH aumentou o intercâmbio
internacional. Hoje, o Brasil está
bem à frente de seus rivais da
América, mas muito aquém de seleções de ponta da Europa. Na
Croácia, o desnível fica evidente.
"Demos o azar de cair em um
grupo com quatro europeus
[Croácia, Sérvia e Montenegro,
França e Espanha]. Teoricamente, o único jogo fácil será com a
Austrália", analisa o técnico -só
três países irão à segunda fase.
A Europa é a grande força da
modalidade. Em 15 Mundiais, os
times do velho continente só perderam um título, para a Coréia do
Sul, em 1995. Também foi a única
vez em que um país "forasteiro"
teve a honra de subir ao pódio.
Como forma de preparação, a
CBH enviou a seleção para fazer
amistosos em Copenhague, entre
os dias 22 e 27. Foram duas derrotas para a seleção A da Dinamarca
e dois empates contra a equipe B.
"A Dinamarca é a atual campeã
olímpica [em Sydney-00] e, mesmo desfalcada, é uma das forças
mundiais", analisa Schneider.
Como a equipe européia, o Brasil perdeu atletas importantes. A
baixa inicial veio às vésperas da
viagem ao Pan, com a lesão no
joelho da armadora Lucila, 27.
Foi só o primeiro pesadelo de
Schneider. Uma série de contusões assolou a seleção. Com isso, o
técnico teve que abrir mão de três
jogadoras fundamentais na campanha de Santo Domingo: as armadoras Sandra, 30, e Meg Montão, 32, e a pivô Juceli, 25.
"O time tem experiência internacional. Todas já disputaram ao
menos um Mundial de categoria
de base. Mas ainda mostramos
muita irregularidade contra a Dinamarca", analisa o treinador.
Sem as atletas mais experientes,
a média de idade da seleção desabou para 22,7 anos -é uma das
mais baixas da competição.
NA TV - ESPN Brasil, ao vivo,
a partir das 15h
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