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TÊNIS
Tourada para alemão
THALES DE MENEZES
²
Alex Corretja e Carlos Moyá
na final de Roland Garros? Tudo
bem. Agora, na Copa do Mundo?
Naquele piso sintético do belíssimo ginásio de Hannover? Nem o
mais eufórico espanhol esperava.
Cadê Sampras? Cadê Ríos? E
Agassi? São perguntas que certamente povoaram a mente do fã
que ligou a TV no domingo, sem
saber os resultados do torneio
durante a semana passada.
É certo que Ríos e Agassi acabaram contribuindo para um
enfraquecimento do evento, chegando para competir sem plenas
condições físicas. Mas Sampras
jogou redondinho, bem mesmo,
destruindo seus rivais até uma
semifinal fenomenal contra um
Corretja inspirado.
No sábado, o espanhol bateu
uma barbaridade e derrotou
Sampras no tie-break no set decisivo. O norte-americano já entrou em quadra garantido como
tenista número um do mundo
pela sexta temporada consecutiva, que era tudo o que ele queria
em Hannover, mas em nenhum
momento Sampras amoleceu a
partida.
No domingo, Alex Corretja
continuou o show. Perdeu os dois
primeiros sets para Moyá, seu
amigo no circuito, e foi buscar o
título numa espetacular virada,
em quatro horas de duelo.
E duelo é uma boa definição
para o jogo, já que cada um parecia ter um revólver na raquete.
Os dois finalistas são os tenistas
com jogo mais agressivo entre os
vários espanhóis no circuito, mas
é aquela agressividade do fundo
de quadra, com golpes longos da
linha de base.
Como ambos fogem da rede, o
público em Hannover viu uma
partida inusitada, mas belíssima. Muita porrada, demoradas
trocas de bola e alguns ângulos
impossíveis, em lances de fazer
até o habitualmente comedido
alemão gritar na arquibancada.
Com um confronto emocionante, Corretja e Moyá podem
estar começando a mudar a velha máxima de que os espanhóis
são ótimos apenas cinco meses
por ano, durante a temporada
dos torneios no saibro.
NOTAS
Ainda Hannover
Apesar do título de Alex Corretja, Carlos Moyá ainda parece
ser um jogador mais completo.
É um pouco mais instável do
que o compatriota, mas consegue golpes que o outro não executa. Mas os dois, juntos, devem atormentar os brasileiros
na primeira rodada do Grupo
Mundial da Davis, em abril do
próximo ano, num confronto
em solo espanhol. Kuerten e
Meligeni devem estar preparados para outra repescagem.
Cadê os óculos?
E Gustavo Kuerten volta aos
treinos preparatórios da próxima temporada sem óculos ou
lentes que corrijam o propalado problema de miopia. Reclamar depois não adianta.
²
Predomínio
Uma notícia mais econômica:
a Nike tinha contrato com 28
dos "top 100" da ATP em dezembro do ano passado. Agora,
o número sobe para 39.
²
E-mail: thales@fsp.com.br
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