São Paulo, Segunda-feira, 03 de Janeiro de 2000


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TÊNIS
Mesmo após fazer sua melhor temporada, jogador fica sem o apoio do Banco Real, parceiro desde 1996
Vitorioso, Kuerten perde patrocinador

da Reportagem Local

Nem mesmo a boa temporada cumprida em 1999 foi suficiente para afastar de Gustavo Kuerten o fantasma da perda de patrocínio.
O Banco Real não quis renovar seu contrato com o tenista, que expirou na última sexta-feira.
A saída do banco ocorre justamente após a melhor temporada da carreira de Kuerten. Em 1999, ele atingiu uma inédita terceira posição no ranking e conquistou dois torneios importantes (veja quadro nesta página).
O Real era, ao lado da fornecedora de material esportivo italiana Diadora, um dos principais patrocinadores do jogador.
Era uma das empresas que tinham a imagem mais fortemente ligada a Kuerten -seu logotipo aparecia na manga da camisa que o brasileiro utilizava para disputar os torneios.
O banco, cujo primeiro contrato com o jogador foi assinado em dezembro de 1996, era também o único patrocinador não esportivo (ou seja, fora a Diadora e a Head, marca de suas raquetes) que estava com o tenista quando ele venceu o Aberto da França de 1997, seu primeiro grande feito.
Por causa do Real, Kuerten acabou sendo personagem de um conflito institucional durante a última participação brasileira na Copa Davis, em julho, quando a equipe nacional perdeu, fora de casa, para a França.
Na época, a CBT (Confederação Brasileira de Tênis) havia acertado com o Plural Fundos de Investimento o primeiro contrato da história da entidade para uma disputa da Davis.
Como se tratava, a exemplo do Real, de uma instituição financeira, Kuerten acabou sendo "alijado" do acordo, ou seja, não serviu de garoto-propaganda para o Plural durante o confronto.
Agora, sem o apoio do banco, o brasileiro teve de acertar com um novo patrocinador, cujo nome será anunciado amanhã.
Esse patrocinador se somará aos outros quatro contratos mantidos pelo tenista (Diadora, Head, Pepsi e Rider).

Viagem
Depois de anunciar o novo patrocinador, Kuerten embarcará para a Austrália, onde dará início à temporada 2000.
Neste ano, ele desistiu de participar do circuito profissional desde o início -nesta semana, os tenistas voltam às quadras em três torneios ao redor do mundo (leia texto nesta página).
Sua estréia se dará apenas no Torneio de Sydney, que acontece na semana que vem e é preparatório para o Aberto da Austrália, que ocorre logo na sequência.
O Aberto é atualmente o maior desafio de Kuerten entre as competições do Grand Slam, a principal série do tênis.
É o único torneio da elite do esporte no qual o brasileiro jamais conseguiu superar a segunda rodada -em três participações.
Depois da Austrália, o desafio de Kuerten será a Copa Davis, no início de fevereiro.
O adversário brasileiro será a França, num confronto que acontecerá no campus da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, cidade natal de Kuerten.


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