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TÊNIS
Mesmo após fazer sua melhor temporada, jogador fica sem o apoio do Banco Real, parceiro desde 1996
Vitorioso, Kuerten perde patrocinador
da Reportagem Local
Nem mesmo a boa temporada
cumprida em 1999 foi suficiente
para afastar de Gustavo Kuerten o
fantasma da perda de patrocínio.
O Banco Real não quis renovar
seu contrato com o tenista, que
expirou na última sexta-feira.
A saída do banco ocorre justamente após a melhor temporada
da carreira de Kuerten. Em 1999,
ele atingiu uma inédita terceira
posição no ranking e conquistou
dois torneios importantes (veja
quadro nesta página).
O Real era, ao lado da fornecedora de material esportivo italiana Diadora, um dos principais
patrocinadores do jogador.
Era uma das empresas que tinham a imagem mais fortemente
ligada a Kuerten -seu logotipo
aparecia na manga da camisa que
o brasileiro utilizava para disputar os torneios.
O banco, cujo primeiro contrato com o jogador foi assinado em
dezembro de 1996, era também o
único patrocinador não esportivo
(ou seja, fora a Diadora e a Head,
marca de suas raquetes) que estava com o tenista quando ele venceu o Aberto da França de 1997,
seu primeiro grande feito.
Por causa do Real, Kuerten acabou sendo personagem de um
conflito institucional durante a
última participação brasileira na
Copa Davis, em julho, quando a
equipe nacional perdeu, fora de
casa, para a França.
Na época, a CBT (Confederação
Brasileira de Tênis) havia acertado com o Plural Fundos de Investimento o primeiro contrato da
história da entidade para uma
disputa da Davis.
Como se tratava, a exemplo do
Real, de uma instituição financeira, Kuerten acabou sendo "alijado" do acordo, ou seja, não serviu
de garoto-propaganda para o Plural durante o confronto.
Agora, sem o apoio do banco, o
brasileiro teve de acertar com um
novo patrocinador, cujo nome será anunciado amanhã.
Esse patrocinador se somará
aos outros quatro contratos mantidos pelo tenista (Diadora, Head,
Pepsi e Rider).
Viagem
Depois de anunciar o novo patrocinador, Kuerten embarcará
para a Austrália, onde dará início
à temporada 2000.
Neste ano, ele desistiu de participar do circuito profissional desde o início -nesta semana, os tenistas voltam às quadras em três
torneios ao redor do mundo (leia
texto nesta página).
Sua estréia se dará apenas no
Torneio de Sydney, que acontece
na semana que vem e é preparatório para o Aberto da Austrália,
que ocorre logo na sequência.
O Aberto é atualmente o maior
desafio de Kuerten entre as competições do Grand Slam, a principal série do tênis.
É o único torneio da elite do esporte no qual o brasileiro jamais
conseguiu superar a segunda rodada -em três participações.
Depois da Austrália, o desafio
de Kuerten será a Copa Davis, no
início de fevereiro.
O adversário brasileiro será a
França, num confronto que acontecerá no campus da Universidade Federal de Santa Catarina, em
Florianópolis, cidade natal de
Kuerten.
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