DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do São Paulo adotou uma fórmula para evitar novos prejuízos com contratados que não rendem o esperado. A estratégia é assinar contratos em que o clube pode dispensar o atleta sem pagar multa rescisória.
O primeiro compromisso elaborado com essa cláusula é o do lateral-direito Leonardo Moura, única novidade do time no primeiro treino neste ano, ontem.
O jogador, que quer ser chamado só de Leonardo, assinou contrato por cinco anos. Porém, após 18 meses, o São Paulo pode dispensar o atleta sem indenizá-lo.
"O clube pediu pra incluir essa cláusula e nós aceitamos porque poucos times no Brasil podem oferecer um contrato longo como esse", afirmou Eduardo Uran, procurador do lateral.
O diretor de futebol são-paulino, Carlos Augusto de Barros e Silva, afirmou que esse procedimento será repetido nas próximas contratações. A meta é evitar a repetição de casos como os de Leandro, Régis e Jorginho.
Contratados no ano passado, os três decepcionaram. Leandro não vai permanecer na equipe, mas o clube terá de pagar a multa rescisória para dispensá-lo.
Régis, que veio para ser titular, virou reserva e hoje está na lista de atletas negociáveis.
Segundo Barros e Silva, Régis, Gustavo Nery e Gabriel estão entre os jogadores que podem entrar na negociação com o Atlético-PR pelo lateral Fabiano.
Um deles pode ir para o time do Paraná como pagamento da parte dos direitos federativos do atleta.
O meia Adriano, que não está mais nos planos da diretoria do clube e teve seu contrato encerrado ontem, disse que estudaria uma proposta de redução em seu salário para ficar. Ele afirmou que continuará treinando até conversar com o presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa.



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