São Paulo, domingo, 03 de janeiro de 2010

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Dunga, em um ano, conquista brasileiros

Treinador tem agora aprovação de 64%, contra 33% no final de 2008

Nesta década, no início do ano de cada Copa do Mundo, nenhum técnico da seleção brasileira esteve tão bem avaliado quanto o gaúcho

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A temporada praticamente perfeita da seleção brasileira em 2009 fez de Dunga, 46, o mais bem avaliado treinador da seleção brasileira no início do ano de uma Copa nesta década.
Pesquisa nacional do Datafolha, realizada entre os dias 14 e 18 de dezembro, aponta que 64% dos brasileiros classificam o trabalho do treinador como ótimo ou bom (só 3% o avaliam como ruim ou péssimo).
O mesmo otimismo aparece na opinião sobre as chances da seleção na África do Sul: 73% dos brasileiros dizem que o Brasil vai ganhar a competição.
Foram entrevistadas 11.258 pessoas com mais de 16 anos em todo o território nacional. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Em novembro de 2008, outra pesquisa nacional do Datafolha mostrava que apenas 33% dos brasileiros declaravam que Dunga era ótimo ou bom.
Naquela época, o treinador vinha de um fracasso na Olimpíada de Pequim, de derrota para a Venezuela em amistoso e de campanha irregular nas eliminatórias. Só que Dunga renasceu em 2009. Sua seleção conquistou a Copa das Confederações, ganhou fácil de rivais tradicionais, como Argentina, Itália e Uruguai, e conseguiu a classificação para a Copa de 2010 com antecedência recorde nas eliminatórias (e ainda terminou em primeiro lugar).
No total, foram 17 jogos no ano passado, com 14 vitórias, dois empates e uma derrota.
"O Dunga provou nesse período que estávamos certos em escolhê-lo. Está fazendo um trabalho que tem como grande marca o resgate da credibilidade da seleção brasileira junto ao torcedor", disse, por meio do site da sua entidade, Ricardo Teixeira, o presidente da CBF.
Mesmo sem experiência anterior na profissão, Dunga chega ao início do ano da Copa até mais popular do que era Carlos Alberto Parreira no início de 2006. Na ocasião, o Brasil também vinha de excelentes resultados na temporada anterior. Mas os brasileiros que diziam que o trabalho de Parreira era ótimo ou bom eram 62%.
A aprovação de Dunga pouco oscila nas diferentes regiões do país e nos extratos da sociedade. Variação mais acentuada só acontece entre os mais ricos, que se mostram ainda mais satisfeitos com o treinador -no grupo dos que ganham mais de dez salários mínimos, a aprovação de Dunga bate nos 71%.
Os mais velhos, por sua vez, são os menos empolgados com a performance do técnico. Entre os entrevistados com mais de 60 anos, o índice de aprovação do gaúcho ficou em 50%.

Rivais
Os brasileiros não têm um rival como temor maior na tentativa do hexacampeonato.
Fora o Brasil, nenhuma seleção foi apontada como a favorita para ganhar o Mundial por mais de 1% dos torcedores.
Alemanha, Argentina, Espanha, Itália e França foram citadas, cada uma, por 1% dos entrevistados pelo Datafolha.



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