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bem-amado
Dunga, em um ano, conquista brasileiros
Treinador tem agora aprovação de 64%, contra 33% no final de 2008
Nesta década, no início do ano de cada Copa do Mundo, nenhum técnico da seleção brasileira esteve tão bem avaliado quanto o gaúcho
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A temporada praticamente
perfeita da seleção brasileira
em 2009 fez de Dunga, 46, o
mais bem avaliado treinador da
seleção brasileira no início do
ano de uma Copa nesta década.
Pesquisa nacional do Datafolha, realizada entre os dias 14 e
18 de dezembro, aponta que
64% dos brasileiros classificam
o trabalho do treinador como
ótimo ou bom (só 3% o avaliam
como ruim ou péssimo).
O mesmo otimismo aparece
na opinião sobre as chances da
seleção na África do Sul: 73%
dos brasileiros dizem que o
Brasil vai ganhar a competição.
Foram entrevistadas 11.258
pessoas com mais de 16 anos
em todo o território nacional. A
margem de erro da pesquisa é
de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Em novembro de 2008, outra
pesquisa nacional do Datafolha
mostrava que apenas 33% dos
brasileiros declaravam que
Dunga era ótimo ou bom.
Naquela época, o treinador
vinha de um fracasso na Olimpíada de Pequim, de derrota
para a Venezuela em amistoso
e de campanha irregular nas
eliminatórias. Só que Dunga renasceu em 2009. Sua seleção
conquistou a Copa das Confederações, ganhou fácil de rivais
tradicionais, como Argentina,
Itália e Uruguai, e conseguiu a
classificação para a Copa de
2010 com antecedência recorde nas eliminatórias (e ainda
terminou em primeiro lugar).
No total, foram 17 jogos no
ano passado, com 14 vitórias,
dois empates e uma derrota.
"O Dunga provou nesse período que estávamos certos em
escolhê-lo. Está fazendo um
trabalho que tem como grande
marca o resgate da credibilidade da seleção brasileira junto ao
torcedor", disse, por meio do site da sua entidade, Ricardo Teixeira, o presidente da CBF.
Mesmo sem experiência anterior na profissão, Dunga chega ao início do ano da Copa até
mais popular do que era Carlos
Alberto Parreira no início de
2006. Na ocasião, o Brasil também vinha de excelentes resultados na temporada anterior.
Mas os brasileiros que diziam
que o trabalho de Parreira era
ótimo ou bom eram 62%.
A aprovação de Dunga pouco
oscila nas diferentes regiões do
país e nos extratos da sociedade. Variação mais acentuada só
acontece entre os mais ricos,
que se mostram ainda mais satisfeitos com o treinador -no
grupo dos que ganham mais de
dez salários mínimos, a aprovação de Dunga bate nos 71%.
Os mais velhos, por sua vez,
são os menos empolgados com
a performance do técnico. Entre os entrevistados com mais
de 60 anos, o índice de aprovação do gaúcho ficou em 50%.
Rivais
Os brasileiros não têm um rival como temor maior na tentativa do hexacampeonato.
Fora o Brasil, nenhuma seleção foi apontada como a favorita para ganhar o Mundial por
mais de 1% dos torcedores.
Alemanha, Argentina, Espanha, Itália e França foram citadas, cada uma, por 1% dos entrevistados pelo Datafolha.
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